Agência Brasil
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TEGUCIGALPA - Soldados do Exército fortemente armados continuam cercando o quarteirão onde fica a Embaixada do Brasil, no centro de Tegucigalpa. Depois de mais de quatro meses abrigado no prédio, o presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, deve receber um salvo-conduto do presidente eleito, Porfírio Lobo Sosa, depois que ele for empossado nesta quarta-feira. O documento permite que Zelaya e sua família deixem o país e sigam para a República Dominicana.
Na área próxima à embaixada, a expectativa é grande quanto à saída de Zelaya. Desde que ele se abrigou ali, o acesso a várias ruas foi bloqueado, causando prejuízo aos comerciantes.
Rosamaria Matamoros, dona de quatro lojas vizinhas, entre elas um salão de beleza, reclama que os clientes foram embora. Ela conta que muitos ficavam constrangidos ao serem revistados pelos soldados e nunca mais voltaram. Rosamaria se diz feliz com um provável fim para a crise política mas considera que, mesmo assim, será difícil recuperar os prejuízos.
Em entrevista coletiva na véspera da posse, o presidente eleito de Honduras, Porfirio Lobo Sosa, afirmou que seu governo será de integração
nacional, do qual participarão todas as forças políticas. - Só em paz podemos seguir adiante - acrescentou. Ao ser perguntado, no entanto, não deu garantias de que Manuel Zelaya não será preso no momento em que deixar a Embaixada do Brasil.
Ainda não foi divulgado quando e como o presidente deposto sairá do prédio e seguirá para a República Dominicana. Porfírio Lobo explicou que o processo de concessão do salvo-conduto ainda está sendo definido.
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