terça-feira, 31 de maio de 2011

Uruguai altera tipificação de crimes da ditadura



MARINA GUIMARÃES - Agência Estado
As violações contra os direitos humanos cometidas durante a ditadura militar do Uruguai (1973 a 1985) já não são crimes de lesa-humanidade. A partir de agora, conforme decisão da Suprema Corte de Justiça do Uruguai (SCJ), equivalente ao Supremo Tribunal Federal (STF), esses delitos serão considerados crimes comuns e poderão ser prescritos a partir do dia primeiro de novembro. Por quatro votos a favor e um contra, a Suprema Corte ratificou hoje decisão anterior que alterou a tipificação do crime.
A corte uruguaia voltou a analisar o caso por causa de um pedido de esclarecimento apresentado pela promotora Mirtha Guianze, que havia solicitado o julgamento de dois militares, José Gavazzo e Ricardo Arab, acusados de cometer 28 "homicídios muito especialmente agravados" e crimes de "desaparecimento forçado". Na sentença, os juízes argumentaram que durante a ditadura, quando os desaparecimentos ocorreram, eles não eram tipificados na lei. Isso só ocorreu em outubro de 2006 e, portanto, os militares não podem ser imputados por esse crime.
A decisão esclarece ainda que, como crimes comuns, estes delitos se prescrevem no primeiro dia de novembro deste ano, contando o prazo de prescrição deste tipo de delito, que é de 20 anos, mais todas as dilatações possíveis que poderiam ocorrer. A revisão do assunto tem provocado uma verdadeira crise entre o presidente José "Pepe" Mujica e a coalizão governista de esquerdas, a Frente Ampla. No último dia 19, o partido perdeu, por um voto, a votação na Câmara dos Deputados do projeto que anulava a Lei de Caducidade, a qual perdoou os militares pelos crimes cometidos. 

Em reunião com Dilma Rousseff, Luciano Ducci mostra que Curitiba cumpre os prazos das obras da Copa


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O prefeito Luciano Ducci em reunião com a presidente Dilma Rousseff. Brasília. 31/05/11. Foto: Maurilio Cheli (SMCS).

Na reunião com a presidente Dilma Rousseff, nesta terça-feira, 31, em Brasília, o prefeito Luciano Ducci mostrou que Curitiba cumpre o cronograma de obras previstas para a Copa do Mundo da FIFA Brasil 2014. "Estamos dentro dos prazos acordados com o governo federal. A presidente disse que as obras do PAC da Copa têm que ser licitadas até dezembro deste ano", disse Ducci.
"Nossos projetos já estão prontos e em análise pela Caixa Econômica Federal. Curitiba está cumprindo rigorosamente o que está previsto no PAC da Copa", completou o prefeito. O governador Beto Richa também participou da reunião.
Para as obras, Curitiba terá um empréstimo de R$ 222 milhões do PAC da Copa. "São obras importantes e estruturantes que ficarão para a cidade como legado da Copa", disse Ducci.
Os recursos serão para as seguintes obras: corredor Aeroporto/Rodoferroviária (Avenida das Torres); requalificação da Estação Rodoferroviária e seus acessos; corredor da Avenida Cândido de Abreu; extensão da Linha Verde Sul; requalificação do corredor da avenida Marechal Floriano Peixoto; Sistema Integrado de Mobilidade (uma rede inteligente de organização de trânsito); e a reforma e ampliação do terminal de ônibus Santa Cândida.
Estão prontos e em fase de aprovação pela Caixa Econômica Federal três dos sete projetos de infraestrutura: extensão da Linha Verde Sul, a Nova Cândido de Abreu e o Corredor da Avenida Marechal Floriano. Após a análise da Caixa, serão abertas as licitações para a execução das obras, que têm início previsto nos meses de agosto, setembro e outubro deste ano, respectivamente.
Mobilidade - Para agosto está previsto o início das obras da Linha Verde Sul. Investimento de R$ 19,4 milhões no trecho de 1,8 quilômetros, desde o Pinheirinho até a Rua Isaac Ferreira da Cruz.
A revitalização da Avenida Cândido de Abreu, que deve ter as obras iniciadas no mês de setembro, contará com um calçadão central com 870 metros de extensão e 18 metros de largura, desde a Praça 19 de dezembro até a Nossa Senhora da Salete. Será a primeira rua da cidade com WiFi (internet gratuita) e flexibilizada no que diz respeito ao mobiliário urbano com pontos de encontro para os pedestres.
O investimento na Nova Cândido de Abreu será de R$ 11,4 milhões, dos quais R$ 5,1 milhões do PAC da Copa e o restante com recursos do município. Já o investimento no Corredor Marechal Floriano será de R$ 20 milhões em uma obra que vai ligar Curitiba a São José dos Pinhais com pista exclusiva para os biarticulados.
Obras para a Copa de 2014
- Corredor Aeroporto/Rodoferroviária investimento: R$ 65.789.473,68
Financiamento R$ 62.500.000,00
Recursos Prefeitura R$ 3.289.473,68
As obras terão uma extensão de 10 mil metros na Avenida das Torres, entre a rua Engenheiros Rebouças até a divisa com São José dos Pinhais.
- Corredor avenida Cândido de Abreu 
investimento: R$ 5.157.894,74
Financiamento R$ 4.900.000,00
Recursos da Prefeitura R$ 257.894,74
A obra consiste numa intervenção total na via, refazendo-se os passeios laterais, mais a criação de um calçadão central para pedestres com largura média de 17 metros, onde serão implantadas as estações de embarque e desembarque de passageiros e equipamentos públicos.
- BRT extensão da Linha Verde Sul
investimento: R$ 19.473.684,21
Financiamento R$ 18.500.000,00
Recursos Prefeitura R$ 973.684,95
A obra proposta consiste em estender a Linha Verde Sul, do Pinheirinho, até o Contorno Sul, com as mesmas características.
- Requalificação do corredor Marechal Floriano - investimento: R$ 21.052.631,58
Financiamento R$ 20.000.000,00
Recursos da Prefeitura R$ 1.052.631,58
A obra proposta consiste na recuperação do eixo no trecho entre o Terminal do Carmo e a Rua Pastor Antônio Polito (2.350,00 metros), e a duplicação, com implantação de canaleta exclusiva para ônibus, até a divisa com São José dos Pinhais (1.650,00 metros). Também será alargado o viaduto que cruza a estrada férrea.
- Requalificação da Rodoferroviária e seus acessos
Investimento: R$ 36.842.105,26
Financiamento R$ 35.000.000,00
Recursos prefeitura municipal R$ 1.842.105,26
A obra proposta consiste na reforma e ampliação do prédio (subsolo, térreo, pavimento superior e cobertura), áreas de estacionamento, acesso de veículos e pedestres e um viaduto ligando Av. Affonso Camargo à Av. Comendador Franco.
- Reforma e ampliação do Terminal Santa Cândida
Investimento: R$ 12.631.578,95
Financiamento R$ 12.000.000,00
Recursos da Prefeitura R$ 631.578,95
A obra consiste na ampliação do terminal, na recuperação da cobertura, substituição dos pisos das plataformas e na melhora das condições de acesso e segurança dos usuários entre outros.
- Sistema Integrado de Mobilidade - SIM
Investimento: R$ 61.263.157,89
Financiamento: R$ 58.200.000,00
Recursos da Prefeitura: R$ 3.063.157,89
As obras consistem em ações e atividades de planejamento, operação, fiscalização, controle e coleta de dados, além de informações aos usuários, através de sistemas e equipamentos diversos, com prioridade para o transporte coletivo.

Big Bang - CARLOS HEITOR CONY


CARLOS HEITOR CONY na Folha de S.Paulo
- Reportagem de capa da revista "Época" revela o que foi possível saber sobre o estado de saúde da presidente Dilma. Nada preocupante aos olhos de um leigo, mesmo assim, são necessários exames e procedimentos de rotina, como acontece a qualquer adulto acima dos 50 anos.
Na semana passada, falou-se até na hipótese de uma renúncia ou de uma licença para tratamento -não parece que seja o caso de medida tão extrema.
Dilma tem seus médicos de confiança e dispõe até de um estepe circunstancial, uma vez que o chefe de seu Gabinete Civil é médico. Por sinal, de sua absoluta confiança no que diz respeito à condução da política do governo.
Como qualquer brasileiro, torço para que ela supere os problemas que enfrentou neste início de gestão. A agenda de um presidente, homem ou mulher, é severa e requer acompanhamento médico adequado. Quanto ao seu principal auxiliar, cujo nome continua na boca das matildes, é bom que não se encarregue da saúde presidencial. Pode não dar certo e piorar as coisas. Todo cuidado é pouco.
Mudando drasticamente de assunto: o presidente americano, Barack Obama, sugeriu que Israel voltasse às fronteiras de 1967.
Como disse o premiê Binyamin Netanyahu, é um regresso ao passado e todos devemos pensar no presente e no futuro. Acontece que o próprio Netanyahu lembrou os tempos bíblicos das desavenças entre a Samaria e a Galileia -na famosa cena do poço, uma samaritana acha estranho que um galileu, como Jesus, pedisse água a ela. O premiê israelense voltou a um passado mais remoto do que o de Obama.
E se a moda pega, voltaremos um dia ao Big Bang, que segundo uma teoria em voga, deu início a tudo no universo, incluindo o Sol e as outras estrelas, as pizzas napolitanas e os bens patrimoniais das autoridades brasileiras.

O debate das drogas - FERNANDO DE BARROS E SILVA


 FERNANDO DE BARROS E SILVA na Folha de S.Paulo

 - A discussão sobre a descriminalização das drogas e a legalização da maconha não é nova, mas ganha espaço. Isso decorre da percepção crescente de que a abordagem puramente repressiva do problema fracassou. Apesar de alguns juízes, que preferem ver apologia ao crime no direito à livre manifestação, o debate é saudável e mesmo necessário, porque a questão é bastante complexa.
"Descriminalizar" e "legalizar" são coisas distintas. Quando Fernando Henrique Cardoso defende a descriminalização das drogas -de todas-, quer dizer que o usuário não deve ser tratado como criminoso, mas como alguém a ser esclarecido e, eventualmente, medicado.
Na entrevista a Mônica Bergamo, anteontem, FHC lembrou o exemplo de Portugal: a descriminalização foi acompanhada por uma política de amplo acesso ao tratamento, sem, no entanto, que o governo abdicasse de combater o tráfico.
Legalizar é diferente. Significa permitir a produção, a venda e o consumo daquela substância, mesmo que sob certas condições. Devemos sonhar, como na canção de Chico Buarque, com um mundo onde "maconha só se comprava na tabacaria, drogas, na drogaria"?
Especialistas respeitáveis contrários à legalização argumentam que a facilitação do acesso fatalmente aumentaria o consumo. E citam o exemplo do alcoolismo. Transferir o problema da esfera criminal para a da saúde pública não é, pois, uma saída mágica, sem subprodutos negativos. O ganho estaria na ruptura do elo entre o baseado e o tráfico, talvez o maior fator de desagregação social e violência extrema nas grandes cidades.
Há drogas mais ou menos nocivas, mas nenhuma deixa de fazer mal. À luz das experiências ruinosas da guerra ao tráfico, tendo a pensar que a descriminalização de todas elas e a legalização do uso regulado da maconha apontaria para uma maneira menos hipócrita, mais humana e a médio prazo mais eficaz de lidar com o problema.

Editoriais = Folha de S.Paulo - O arraial tucano


A convenção tucana do final de semana expôs um quadro lamentavelmente claro do desarranjo atual de forças no PSDB, principal partido de oposição no Brasil.
O senador Aécio Neves (MG) impôs uma derrota ao grupo de José Serra (SP) na primeira batalha da guerra interna para definir quem disputará a Presidência da República, dentro de três anos.
Serra, na realidade, não saiu menor do que entrou no evento tucano. O espaço do ex-governador de São Paulo dentro do partido já havia sido muito reduzido após o pleito presidencial de 2010.
Aécio consolida assim, num primeiro momento, a tomada de comando de uma "nova geração" dentro do PSDB. Isso não significa, como é óbvio, que os caminhos de 2014 estejam definitivamente traçados para a oposição. É usual da política que o derrotado de hoje seja o celebrado de amanhã, como demonstra a trajetória de Geraldo Alckmin, esmagado em 2008 e de novo influente no partido.
É representativo do estado das coisas no campo oposicionista que o grande suspense tenha sido a definição sobre quem comandaria o Instituto Teotônio Vilela (ITV), órgão quase sem expressão. A decisão de negar a Serra a chefia do ITV, já recusada pelo próprio alguns meses atrás, ganhou relevância só nas fileiras do partido.
Obcecados com seus projetos personalistas, os tucanos parecem ter perdido de vista o mundo real, em que o país carece de projetos e a presidente Dilma Rousseff enfrenta a sua primeira crise.
O governo federal atravessa um período delicado. Sofreu uma grande derrota no Congresso, na votação do Código Florestal. O principal parceiro da coalizão, o PMDB, foi um dos artífices da derrocada, e as tratativas deram-se na base de gritos e ameaças de ambos os lados. Para completar, o ministro mais poderoso, o articulador-mor Antonio Palocci, complica-se ao não elucidar seus milionários serviços de consultor.
Era o momento de o PSDB vir a público com um programa alternativo e forte. Em vez disso, aecistas, serristas e alckmistas tentam dar demonstrações de unidade em público, mas se digladiam nos bastidores, com o que desperdiçam a oportunidade de exercer o papel que se espera da oposição.

Senado aprova plebiscito sobre criação do estado de Tapajós


G1/GLOBO.COM
Novo estado ocuparia cerca de 58% da área total do Pará. Plebiscito sobre criação de Carajás, também no Pará, já foi aprovado

O plenário do Senado aprovou na tarde desta terça-feira (31) o projeto que prevê a realização de plebiscito sobre a criação do estado de Tapajós, que seria uma divisão do estado do Pará.
A matéria já foi aprovada pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado. E, em 5 de maio, o plenário da Câmara já havia aprovado um decreto legislativo que autoriza realização de plebiscito sobre a criação de Tapajós, que estaria localizado a oeste do Pará, ocupando cerca de 58% da área total do estado. Ao todo, 27 municípios estão previstos para o estado de Tapajós, que teria Santarém como capital.
Após a promulgação da proposta pelo presidente do Congresso, José Sarney (PMDB-AP), o plebiscito poderá ser realizado em até seis meses, de acordo com a organização da Justiça Eleitoral.

Carajás
O Congresso já aprovou projeto que prevê um plebiscito sobre a criação do estado de Carajás, que estaria localizado a sul e sudeste do Pará e teria como capital a cidade de Marabá.
O novo estado seria formado por 39 municípios, com área equivalente a 25% do atual território do Pará.

Revista Ideias de junho





A Revista Ideias de junho traz uma reportagem especial feita pela repórter Karen Fukushima sobre um novo mercado na capital: aulas de sexo e sedução.
Entrevista com Aberlardo Lupion, “Cara da direita no Brasil” por Fábio Campana. Mara Cornelsen revela como o dono da VC Consultoria lesou mais de 40 mil pessoas. Márcio Barros traz denúncia exclusiva de homem preso injustamente por 78 dias, que expõe a fragilidade do sistema judiciário e policial do Paraná.
Sarah Corazza traz a história de Alvaro Silva, o homem à frente da tradicional Sociedade Treze de Maio. Na editoria de Comportamento conheça o universo dos homens que gostam de vestir-se com roupas do sexo oposto, os crossdressers. E ainda: Curitiba entra no rol das cidades que mais produzem cervejas artesanais.
Especial: Marcio Renato dos Santos e Marianna Camargo lembram o escritor e amigo Wilson Bueno.
Dico Kremer mostra o trabalho fotográfico de Julio Covello. Estreia de Ana Teresa Londres. Coluna de moda feita por Tess Biscaia. Dicas de livros, filmes e música na Prateleira. Isabela França destaca as pessoas que são o perfume das festas e eventos. Balacobaco por Thais Kaniak. No Gente Fina você conhece quem faz os trabalhos mais bacanas da cidade. E ainda: Pryscila Vieira e seu humor imbatível.
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Concerto do Mia Cara Curitiba vai até domingo no Paço da Liberdade


no Fábio Campana

Até domingo (5), moradores e turistas que passarem pela praça Generoso Marques, no Centro, poderão ver o espetáculo de luzes da companhia de italiana Studio Festi. Diariamente, às 20h, o grupo projeta um “concerto de imagens” nas fachadas do Paço da Liberdade e outros prédios da praça e acende a instalação “Arquitetura de Luz”, que ilumina o local.
O espetáculo é gratuito e faz parte da programação de Mia Cara Curitiba, semana em comemoração aos 150 anos da unificação da Itália. A programação da semana inclui outras atrações culturais, gastronômicas, religiosas e esportivas.
Veja o vídeo

Palocci pode ter arrecadado para ONG de Lula


no Claudio Humberto
O ministro Antonio Palocci (Casa Civil) pode ter usado sua empresa de consultoria Projeto não apenas para prestar serviços a grandes empresas. Ele também foi encarregado de arrecadar doações para sustentar as atividades da ONG Instituto da Cidadania, chefiada pelo ex-presidente Lula, segundo confirmaram a esta coluna fontes do PT  ligadas ao comando da campanha presidencial de Dilma Rousseff.



Grana sobrando

A campanha de Dilma já não precisava de dinheiro, por isso, a partir de um certo momento, Palocci passou a “fazer caixa” para a ONG de Lula.

Tudo a ver

O trabalho de Palocci, na arrecadação para a ONG de Lula, explica o empenho do ex-presidente para tentar salvar o pescoço do ministro.

‘Não faz sentido’

As assessorias de Palocci na Casa Civil e na empresa Projeto negam totalmente a arrecadação para a ONG: “isso não faz nenhum sentido”.


Grill amigo

Nas palestras que faz – este fim de semana esteve em Belém –, José Dirceu não perde uma chance de detonar o “companheiro” Palocci.


Empresa de 
origem duvidosa financia petistas

Generosa financiadora de campanhas do PT, a empresa M Brasil, controlada pelo ex-deputado estadual carioca Jair Marchesini (PDT), anda despertando suspeitas. A empresa foi criada em 2006 em nome de dois baianos pobres (o sargento bombeiro Marcelo Gondim, e Leandro Reis, funcionário de distribuidora de gás, moradores de bairros carentes de Salvador). Hoje tem capital de R$ 38 milhões e até colocou na Bovespa cédulas de crédito imobiliário no valor de R$ 100 milhões.

Local incerto

Apesar do patrimônio e de atuar na Bovespa, a M Brasil não funciona no endereço indicado em seus documentos (Av. Rio Branco, Rio de Janeiro).

Lavanderia?

Jornal de Brasília apura o caso, e concluiu pela suspeita de lavagem de dinheiro na M Brasil Empreendimentos Marketing Negócios Ltda.

Após repercussão Impeachment de Collor é incluído em galeria do Senado

Foto
'TÚNEL DO TEMPO' FOI REINAUGURADO ONTEM



no Claudio Humberto
A assessoria de imprensa da Presidência do Senado divulgou nota informando que o presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP), determinou a volta do painel sobre o impeachment de Fernando Collor à galeria Túnel do Tempo. O corredor de acesso entre o prédio principal do Senado e o Anexo 2 abriga a mostra que conta, em 16 painéis, a história do Senado desde a sua instalação, em 1826, até os dias atuais. A nova galeria foi inaugurada ontem (30) sem o painel sobre o impeachment. Segundo a note, "diante da repercussão verificada pelo conteúdo da exposição inaugurada ontem no 'Túnel do Tempo', o presidente do Senado Federal, Senador José Sarney, esclarece que não foi o autor nem o curador da exposição - feita por organismo especializado da Casa - e que determinou a inclusão do episódio do impeachment do Presidente Fernando Collor na linha de eventos na referida mostra."

Editoriais = Folha de S.Paulo - Pirueta nuclear



Alemanha planeja desativar todas as usinas atômicas até 2022; Merkel anuncia plano ambicioso a fim de combater a popularidade dos Verdes
O desastre atômico de Fukushima, no Japão, fez uma vítima de peso: a indústria nuclear da Alemanha. Todas as 17 centrais atômicas da quarta economia mundial serão desativadas em pouco mais de uma década, até 2022.
A coalizão conservadora que governa o país, chefiada pela democrata-cristã Angela Merkel, tomou a decisão acossada por razões eleitorais, não ambientais. O gabinete Merkel quer conter o crescimento dos Verdes.
Os Verdes são só a quinta força no Parlamento (11% das cadeiras). Obtiveram, porém, avanços notáveis em eleições recentes.
No Estado de Baden-Wurttemberg, governado há décadas por democratas-cristãos, conquistaram 24,2% dos votos em março -logo após o maremoto japonês- e formaram uma coalizão com os sociais-democratas do SPD.
As próximas eleições gerais na Alemanha devem ocorrer até o final de 2013, mas podem ser antecipadas. Se houvesse um pleito hoje, a soma dos votos dos Verdes e do SPD permitiria formar um novo governo, indicam as pesquisas.
A política de desembarque nuclear foi proposta pela primeira vez por um governo desses dois partidos. Em 1998, o chanceler (premiê) social-democrata Gerhard Schröder e o ministro das Relações Exteriores Joschka Fischer prometeram desativar as centrais atômicas até o mesmo ano de 2022. O plano foi depois abandonado, em face dos investimentos para mudar a matriz energética.
Merkel, em lugar de quase um quarto de século, tem apenas 11 anos para alcançar o mesmo objetivo. E programa fazê-lo duplicando a parcela de energia gerada por fontes renováveis (hidráulica, eólica e solar) dos atuais 17% para 35%, por exemplo com grandes turbinas de vento em alto-mar.
O custo da empreitada seria comparável ao 1,3 trilhão despendido na unificação das duas Alemanhas, nos anos 1990. Investimento improvável, na atual crise econômico-financeira europeia.
Parece mais realista que a Alemanha venha a cobrir os 23,3% de geração atômica com importação de energia da França (predominantemente nuclear), ou com a queima de combustíveis fósseis, como carvão e gás natural (64,8% da eletricidade alemã, hoje).
Trata-se de mais uma má notícia para o aquecimento global, após a Agência Internacional de Energia anunciar que a emissão de carbono subiu 5% em 2010. A meta de manter o aquecimento no limite de segurança de 2°C, nesse ritmo, já é quase inexequível.

Editorial = O Estado de S.Paulo - Os problemas de Belo Monte



Obra polêmica, principalmente pelos seus impactos socioambientais, que continua a provocar protestos das populações ribeirinhas e de indígenas, a Usina de Belo Monte, no Rio Xingu, no Estado do Pará, enfrenta agora problemas de engenharia financeira. Cinco construtoras já desistiram de participar do consórcio Norte Energia, liderado pela Chesf, subsidiária da Eletrobrás, vencedor do leilão realizado em abril de 2010. A razão é o custo do empreendimento, inicialmente estimado em R$ 19 bilhões, depois revisado para R$ 29 bilhões, e que agora se estima em R$ 35 bilhões. Tudo faz crer que a participação privada na obra será mínima, com um uso bem maior do que o previsto de recursos públicos.
Segundo uma fonte citada por O Globo (26/5), "está todo mundo em pânico" com os números consolidados para investimento e já se fala em "novas benesses" do governo. O noticiário não identifica quais, mas tudo indica que seriam mais financiamentos a um custo bastante inferior aos de mercado. Pelo que foi noticiado na época do leilão, o BNDES deveria financiar 80% dos investimentos em Belo Monte, o que significaria R$ 15,2 bilhões. Sendo a obra orçada agora em US$ 35 bilhões, os financiamentos do banco corresponderiam a R$ 28 bilhões nos próximos cinco anos, prazo estimado da construção da nova usina. A questão é saber se haverá recursos para tanto.
A Chesf, porém, não parece preocupada com a saída de empresas do consórcio. "Nós, concessionários, preferimos não ter construtoras (pequenas) no grupo", declarou José Ailton, integrante do conselho de administração da Norte Energia. Segundo José Ailton, há muita gente interessada no projeto. O fato é que, com a desistência das construtoras, fica aberto no consórcio um rombo de 7,25% de participação, sem contar os 9% que ficaram com a Vale do Rio Doce, que tomou o lugar da Bertin. Como a Vale, outros potenciais usuários da energia de Belo Monte poderiam também ingressar no grupo.
Uma possibilidade sempre lembrada é aumentar a fatia dos fundos de previdência de empresas estatais, como Previ, dos funcionários do Banco do Brasil, Petros (Petrobrás) e Funcef (Caixa Econômica Federal). Os fundos de pensão, mesmo de estatais, são instituições de direito privado, mas, como é sabido, o governo tem meios de "convencê-los" a participar de seus grandes projetos.
O essencial é que a construção de Belo Monte deixe de ser vista como uma bandeira política do governo, para que os obstáculos possam ser superados a partir de critérios empresariais. Apesar das críticas dos ambientalistas, são muitos hoje os empresários e técnicos independentes que defendem o uso do potencial hídrico da Amazônia para geração de energia, alegando que o País não dispõe de melhores alternativas a médio prazo.
Depois do desastre de Fukushima, a expansão das usinas nucleares será conduzida com cuidados redobrados. A alternativa seria recorrer a termoelétricas movidas a óleo combustível, ou diesel, ou, na melhor das hipóteses, a gás natural. Ou seja, a recursos não renováveis e poluentes. O aumento da potência de hidrelétricas já em funcionamento e a cogeração de energia pelas usinas de cana-de-açúcar são de grande utilidade, mas não serão suficientes. Já o uso mais intenso da energia solar e da energia eólica não é ainda economicamente viável em grande escala, podendo apenas suprir lacunas no fornecimento de eletricidade. Para poder crescer a taxas que satisfaçam suas necessidades, o País precisa adicionar anualmente 5,8 mil MW na capacidade de geração de eletricidade e terá de buscá-los, em grande parte, nos rios amazônicos.
Para isso, devem prosseguir as negociações com as populações atingidas, que têm direito a uma compensação pelos danos sofridos. Ao lado disso, há que evitar os erros cometidos no início da construção das Hidrelétricas de Jirau e Santo Antônio. A Usina de Belo Monte também deve atrair milhares de trabalhadores para a região vizinha, o que pode ocasionar tumultos. Para evitá-los, cabe aos construtores, em parceria com o Estado, fazer investimentos adequados na área social. 

Editorial = O Estado de S.Paulo - Acesso difícil aos aeroportos



Mesmo com as facilidades do check-in online, passageiros de avião têm sido obrigados a sair de casa ou do trabalho rumo aos Aeroportos de Congonhas ou Cumbica com antecedência de duas a três horas, se quiserem vencer o trânsito caótico e superar o obstáculo da falta de vagas de estacionamento nos dois aeroportos, que às vezes exige deles longa espera. Diariamente, Congonhas recebe 42 mil passageiros e seu estacionamento tem apenas 2.970 vagas. Considerando que cerca de 10% delas são reservadas para funcionários, mensalistas e taxistas, vê-se o quanto a oferta é menor do que a demanda. Com o dobro do movimento de pousos e decolagens, o Aeroporto Internacional de São Paulo, em Cumbica, tem o mesmo número de vagas de estacionamento de Congonhas e, consequentemente, também o dobro de problemas para os motoristas que têm à disposição restritas opções de transporte para chegar lá.
As áreas de embarque e desembarque acabam sendo utilizadas por motoristas e, por isso, cresce o número de infrações por estacionamento ou parada nesses locais. No ano passado, o total de multas registradas em Congonhas subiu 31% em relação a 2009. Sem opções nas redondezas do Aeroporto de Cumbica, motoristas à espera de passageiros estacionam seus carros no acostamento da Rodovia Hélio Smidt e, por celular, monitoram a hora em que a pessoa chega à área de desembarque, onde podem então parar para pegá-la. Nos primeiros cinco meses do ano, 1.728 motoristas foram multados por causa dessa prática.
Grandes capitais do mundo interligam seus aeroportos e pontos de grande movimento no perímetro urbano por meio de eficientes redes de metrô e serviços especiais de ônibus e vans. Mas, em São Paulo, o governo estadual desistiu de construir o ramal de 3,7 quilômetros de extensão previsto para ligar o Aeroporto de Congonhas à rede do metrô, na Estação São Judas, deixando apenas o trecho de 7 quilômetros que fará a interligação com o Terminal Jabaquara. A decisão foi vista como um retrocesso por especialistas em mobilidade urbana. Quem quiser ir para a Avenida Paulista ou para o centro da cidade terá de se deslocar até uma das extremidades da Linha 1-Azul e enfrentar a lotação da estação mais movimentada da rede, com 90 mil passageiros por dia, antes de chegar ao destino. Certamente, a opção será descartada pela maioria dos passageiros que, assim, continuará preferindo os automóveis particulares e táxis, mantendo superlotados os estacionamentos e congestionadas as vias do entorno dos aeroportos.
Congonhas está a 9,5 quilômetros da região central, a 7,5 quilômetros da Avenida Paulista e a 4,5 quilômetros das Avenidas Luís Carlos Berrini e Brigadeiro Faria Lima, corredores onde se concentra parcela significativa de seus usuários.
Conforme a Companhia do Metropolitano, a decisão de excluir o ramal São Judas dos planos de expansão da rede do metrô decorre do fato de o aeroporto estar em processo de tombamento pelo Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo. Isto impede que o aeroporto seja descaracterizado, o que, segundo a companhia, tornou o projeto extremamente complexo. A ligação do aeroporto com o metrô integra a Linha 17-Ouro, que ligará os bairros de Jabaquara e Morumbi, com conexões futuras com as Linhas 4-Amarela e 5-Lilás.
As respostas do setor de transporte público e de infraestrutura às necessidades da cidade sempre deixam a desejar. Um exemplo disso é o edifício garagem de Congonhas, inaugurado há cinco anos. O investimento de R$ 50 milhões aliviou por pouco tempo o trânsito do entorno do aeroporto. Em Cumbica, R$ 200 milhões são previstos para um projeto - parado por disputas no processo de concorrência - para aumentar a capacidade do estacionamento para 9,7 mil vagas.
A verdadeira solução para esses problemas só virá quando as autoridades, finalmente, decidirem investir para valer no transporte público de qualidade. 


OMS adverte para o possível risco de câncer cerebral pelo uso de celulares



Os campos eletromagnéticos gerados pelas radiofrequências foram considerados 'possivelmente cancerígenos para os humanos'

Efe
Lyon (França) - A Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Agência Internacional para Pesquisa em Câncer (IARC) vincularam nesta terça-feira o uso de celulares com um "possível" risco de câncer cerebral em seres humanos.
De forma conjunta, as organizações anunciaram em Lyon (sudeste da França) que os campos eletromagnéticos gerados pelas radiofrequências desse tipo de dispositivos são considerados "possivelmente cancerígenos para os humanos" e são classificados, por isso, na categoria "2B".
A OMS e a IARC basearam a decisão dessa classificação nas evidências obtidas sobre o impacto desses campos eletromagnéticos na origem dos gliomas, um tipo maligno de câncer cerebral.
Embora não tenham quantificado o risco, o grupo de trabalho OMS-IARC referiu-se a um estudo, com dados até 2004, que detectou aumento de 40% no risco de gliomas entre os usuários mais frequentes de celulares, ou seja, os que utilizam em média 30 minutos por dia em um período de dez anos.
Foi ressaltado, no entanto, que as evidências do risco de glioma e de neurinoma acústico são "limitadas" para os usuários de celulares, o que significa que há uma "associação positiva" crível entre a exposição ao agente e o câncer, mas que não é possível excluir outros fatores no desenvolvimento deste.
O responsável pelo grupo de trabalho constituído pela OMS e a IARC, Jonathan Samet, da University of Southern Califórnia, declarou que as provas reunidas até agora "são suficientemente sólidas (...) para a classificação do tipo '2B'".
Esta categoria é uma das que a IARC utiliza para identificar os fatores ambientais que podem aumentar o risco de câncer em seres humanos e entre os quais estão substâncias químicas, exposições trabalhistas e agentes físicos e biológicos, entre outros.
Desde 1971, a IARC analisou mais de 900 agentes, dos quais 400 foram identificados como cancerígenos ou potencialmente cancerígenos para os seres humanos.
O grupo "2B" inclui os agentes com "evidência limitada de carcinogênese em humanos" e o "2A" aqueles que são "provavelmente cancerígenos" para os humanos.
No primeiro grupo, o "1", a IARC inclui aos agentes com "evidências suficientes" que são cancerígenos para os seres humanos.
A conclusão do grupo de trabalho em Lyon é que "poderia haver algum risco e que, portanto, temos de vigiar de perto o vínculo entre os celulares e o risco de câncer", acrescentou Samet.
Christopher Wild, diretor da IARC, acrescentou que, "dadas às potenciais consequências destes resultados e desta classificação para a saúde pública, é importante que se investigue mais a longo prazo o uso intensivo de celulares".
"Faltando essa informação, é importante tomar medidas pragmáticas para reduzir a exposição a equipamentos como os fones de ouvido para celulares", acrescentou Wild. 

Editorial = O Estado de S.Paulo - A Grécia assusta de novo



Portugal, Espanha e outros países endividados ficarão incólumes no caso de um calote grego? E qual será o impacto no mercado financeiro? Qual será o custo para os bancos e os contribuintes alemães? Essas perguntas nunca foram tão inquietantes, porque o risco da moratória grega jamais pareceu tão próximo desde o começo do ano passado, quando a União Europeia e o Fundo Monetário Internacional (FMI) salvaram a Grécia de uma bancarrota oficial. A solução concebida na época foi um financiamento conjunto de 110 bilhões para desembolso gradual. A entrega das parcelas dependeria do cumprimento, pelo governo grego, de um rigoroso programa de ajuste, com aumento de impostos, corte de gastos e privatização de várias empresas.
O resultado fiscal do ano passado foi pior que o programado e nesta semana uma equipe do Fundo, da Comissão Europeia e do Banco Central Europeu (BCE) deve concluir um levantamento da situação e das perspectivas fiscais do país. Sem garantia de execução do programa nos próximos 12 meses, o FMI será impedido, por suas normas, de fornecer em junho a próxima parcela de seu empréstimo - uma fatia de 12 bilhões.
É inaceitável uma reestruturação total da dívida grega - algo entre 33o bilhões e 340 bilhões, cerca de uma vez e meia o Produto Interno Bruto do país -, mas é preciso achar um meio de envolver o setor privado na solução, disse o primeiro-ministro de Luxemburgo, Jean-Claude Juncker, presidente do Eurogrupo, formado pelos ministros de Finanças da zona do euro.
Envolver o setor privado significa transferir uma parte do custo para os bancos. A União Europeia pode pressionar as instituições gregas a aceitar um reescalonamento da dívida, segundo informou em Bruxelas uma fonte da organização. Os bancos gregos detêm 38% da dívida pública da Grécia, de acordo com o FMI. Mas será difícil envolver só os bancos nacionais, sem repercussão nas outras instituições.
Bancos alemães, segundo a revista Der Spiegel, são credores de cerca de 25,2 bilhões. A maior carteira é a do Kreditanstalt für Wiederaufbau, estatal, com títulos no valor de 8,4 bilhões. Um corte de 50% no valor da dívida imporia uma perda de 4,2 bilhões aos contribuintes alemães. Eles também ficariam com a conta do prejuízo imposto ao segundo maior credor alemão,
o FMS Wertmanagement, detentor de papéis no val0r de 7,4 bilhões. Esse banco foi criado pelo governo durante a crise financeira para ficar com os ativos podres quando o Estado assumiu o controle do Hypo Real Estate. Os bancos alemães, segundo a análise, sobreviveriam, mas grande parte da conta iria para os pagadores de impostos.
Bancos de outros países seriam com certeza contaminados pelos efeitos do reescalonamento, por causa dos financiamentos entre instituições do setor privado. Isso provavelmente afetaria a oferta de crédito aos clientes considerados de maior risco. Nesse caso, poderiam ser limitados também os financiamentos aos países com maior endividamento público e mais necessitados de rolar seus compromissos.
Isso explica a resistência de duas importantes figuras à ideia de reescalonamento da dívida grega - o ex-diretor-gerente do FMI Dominique Strauss-Kahn e o presidente do BCE, Jean-Claude Trichet. Sobrou Trichet para resistir às propostas de moratória grega. Os motivos de sua oposição ficaram mais claros, há poucos dias, quando se começou a discutir a qualidade dos papéis acumulados pelo BCE depois de várias operações de socorro aos governos endividados. Ele perdeu, no entanto, seu aliado mais influente, hoje sujeito a prisão domiciliar em Nova York, acusado de abuso sexual em um hotel. Outros dirigentes do Fundo podem ter uma reputação menos maculada, mas seu peso político é muito menor que o de Strauss-Kahn antes da queda.
A situação ficará mais complicada se o governo irlandês precisar de novo financiamento oficial. No domingo, o ministro irlandês dos Transportes, Leo Varadkar, expressou dúvida quanto à capacidade de seu governo de se financiar no mercado de bônus. Se a dúvida tiver fundamento, os europeus terão mais um motivo para se preocupar. 


Bancada do PMDB no Senado se opõe a CPI para investigar Palocci


MÁRCIO FALCÃO na Folha.com

Em meio a uma crise com o Palácio do Planalto, o senador Eunício Oliveira (PMDB-CE) afirmou nesta segunda-feira (30) que a bancada do PMDB no Senado decidiu não assinar o requerimento que pede a criação de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigar a evolução patrimonial do ministro Antonio Palocci (Casa Civil).
O entendimento vale até que o Ministério Público se posicione sobre o caso. Segundo o senador, o compromisso foi fechado durante um jantar na casa do vice-presidente Michel Temer (PMDB) e envolve inclusive o grupo de peemedebistas dissidentes, como o senador Pedro Simon (RS). Dos oito dissidentes, apenas o senador Jarbas Vasconcelos (PE) não compareceu.
Na semana passada, o Ministério Público Federal no Distrito Federal decidiu analisar o aumento patrimonial do ministro. A Folha revelou no início do mês que, entre 2006 e 2010, Palocci multiplicou por 20 seu patrimônio, adquirindo dois imóveis no valor de R$7,5 milhões por meio da empresa Projeto. O caso também é avaliado pelo procurador-geral da República Roberto Gurgel.
"Ficou definido que o PMDB deve esperar a decisão do Ministério Público. Não o PMDB, mas para os que desejavam colocar suas assinaturas nessa questão, ficou o entendimento para que esperássemos a posição do Ministério Público".
A oposição apostava nos dissidente do PMDB para instalar a investigação no Congresso. No Senado, a CPI tem 18 assinaturas, são necessárias 27.
Eunício disse que a discussão de tom elevado entre Palocci e Temer na semana passada não foi tema do encontro. Na véspera da votação da reforma do Código Florestal na reforma, Palocci telefonou para Temer e ameaçou retirar os ministros do partido, caso o PMDB votasse contra o governo.
Ele negou que tenha crise entre PT e PMDB. "Não há crise, se a crise existiu, para nós, é coisa do passado".
O senador falou ainda que no Senado há espaço para uma conversa sobre mudanças no Código Florestal, inclusive nos pontos polêmicos apresentados pelo PMDB da Câmara, como a anistia dos desmatadores.
Na quarta-feira, a bancada do PMDB se reúne com a presidente Dilma Rousseff. Eunício disse que será uma confraternização para "aproximar". Ele disse que não foi discutido cargos ou demandas para serem apresentadas para a presidente. "Não se discutiu nenhuma agenda. É uma confraternização".

Presidente do PR em SC é preso sob suspeita de estupro


LUCIANA DYNIEWICZ na Folha.com

O presidente do PR (Partido da República) em Santa Catarina, Nelson Goetten de Lima, foi preso na tarde de hoje sob suspeita de estupro e aliciamento de menores.
Segundo o delegado Renato Hendges, o ex-deputado federal abusou, pelo menos duas vezes, uma em 2009 e outra em 2010, de adolescentes.
A investigação aponta ainda que o político realizava orgias em seu apartamento, em Itapema (70 km de Florianópolis), nas quais participavam menores de idades.
O professor Gilberto Orsi e Cristiane Alves eram os responsáveis por aliciar as meninas, ainda segundo Hendges. Os dois também foram presos.
Nelson passou o fim do dia em uma sala da Diretoria Estadual de Investigações Criminais, na Capital do Estado. O delegado afirmou que o político seria encaminhado a uma das celas da delegacia após prestar depoimento.
No local, outros seis presos dividem duas celas de quatro metros quadrados cada.
Nelson, que vem sendo investigado desde 2009, foi preso quando estava em uma barbearia em São José (12 km de Florianópolis). A prisão havia sido decretada na semana retrasada.
O advogado do ex-deputado, Roberto Carvalho Fernandes, disse que seu cliente vinha sendo ameaçado, por telefone, para dar R$ 50 mil a conhecidos da suposta vítima de estupro. Caso contrário, "iriam acabar com a vida dele".
Ainda segundo o advogado, a menina já passou por exames que comprovaram que ela não foi estuprada.

Tutty Humor



Tutty Vasques - O Estado de S.Paulo
Fifa: que país é esse?

A gente reclama do Brasil, mas, em matéria de lambança política, convenhamos, a Fifa é insuperável. Nas eleições presidenciais de amanhã, a entidade comemora sua maior crise moral consagrando o quarto mandato de Joseph Blatter, absolvido sumariamente no último domingo da acusação de conivência com esquema de propina. O mesmo tribunal afastou do futebol o candidato da oposição, Mohamed bin Hamman, por compra de votos.
A gente reclama do Conselho de Ética do Senado, mas seus critérios de julgamento são extremamente rigorosos perto dos métodos do comitê responsável por impor limites ao vale-tudo na Fifa. O Sarney deles é, sem exageros, muito mais senhor da situação que o nosso.
A gente - ô, raça! - reclama da figura patética de nossos políticos em geral, mas só estando agora em Zurique pra ver o desfile de presidentes de federações de futebol dos quatro cantos do mundo. Muitos levaram toda a família para participar do circo eleitoral anunciado em manchete pelos jornais europeus. Nenhum deles está nem aí pra isso!
Enfim, a gente reclama da falta de seriedade do Brasil, mas a Fifa é o verdadeiro país do futebol.
Ou não?
Meu garoto
"ADORO QUANDO O MICHEL FALA GROSSO ASSIM!"
Marcela Temer, vice primeira-dama da República, sobre a conversa dura que o marido teve dia 
desses ao telefone com Palocci.
Preconceito bobo
Como se não bastasse trancar todos seus ternos no armário, Vanderlei Luxemburgo está usando óculos de hastes vermelhas, iguais aos de seu preparador físico. Só se fala disso na torcida do Flamengo - ô, raça!

Menos ele
Lewis Hamilton anda se sentindo perseguido na Fórmula 1. Rubinho Barrichello não tem, evidentemente, nada a ver com isso!
Sem gols
Tasso Jereissati está convencido de que não houve um derrotado no último embate interno do PSDB. Isso quer dizer o seguinte: terminou 0 x 0 a convenção nacional do partido.
O cara de sempre
Lula vai aproveitar sua estada nas Bahamas, onde faz palestra hoje, para visitar os amigos Fidel Castro e Hugo Chávez. Não quer que pensem que ele sumiu só porque ficou rico.
Experimenta só!
Deu no Diário Oficial da Cidade de São Paulo: quando quiser atravessar na faixa, o pedestre deve fazer sinal com o braço esticado para solicitar a parada de veículos. Na pior das hipóteses, ele pega um táxi até o outro lado da rua.
Agora vai!
A oposição resolveu mudar a tática do cerco a Palocci. Ficou combinado que alguém vai gritar "pega ladrão" pra ver se o ministro corre!
Cidade maravilhosa
Piracicaba já tem um caveirão igualzinho ao da tropa de elite do Rio. É sonho do prefeito, agora, levar o mar até o município.