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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira que o caso do ex-ativista italiano Cesare Battisti, preso no Brasil há três anos e que a Itália quer extraditar, não vai prejudicar a relação entre os dois países.
"A relação com a Itália é tão forte que qualquer que seja a decisão não trará nenhum arranhão na relação Itália-Brasil", afirmou Lula, que se reuniu com o primeiro-ministro Silvio Berlusconi em São Paulo.
Condenado à revelia na Itália por quarto homicídios cometidos na década de 1970 quando integrava a organização PAC (Proletários Armados pelo Comunismo), Battisti cumpre prisão preventiva no Brasil desde 2007.
Em janeiro do ano passado, o então ministro da Justiça, Tarso Genro, concedeu o status de refugiado político a Battisti. A decisão foi condenada por autoridades italianas, incluindo Berlusconi.
Em novembro, o STF (Supremo Tribunal Federal) autorizou sua extradição, mas determinou que a palavra final cabe ao presidente Lula, que não quis declarar sua decisão.
"Só me pronunciarei sobre o caso (Battisti) quando os autos estiverem na minha mesa com parecer da AGU (Advocacia Geral da União) que está estudando a decisão da suprema corte... independentemente do processo eleitoral", afirmou.
Lula e Berlusconi mantiveram uma reunião bilateral, na sede da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), e também encontraram-se com empresários que buscam parcerias entre os dois países.
O caso de Battisti não foi tratado durante o diálogo, segundo uma fonte, mas incluiu as negociações entre o Mercosul e a União Europeia, que se desenvolvem há uma década. Também conversaram sobre as enchentes no Nordeste brasileiro.
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