O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira que só tomará uma decisão sobre a extradição do italiano Cesare Battisti com orientação da AGU (Advocacia-Geral da União). Lula se encontrou hoje com o primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi.
"Eu só me pronunciarei sobre o caso quando os altos do processo estiverem no meu gabinete, com o parecer da Advocacia-Geral da União, que é quem vai me orientar", disse, ressaltando que o órgão tem "o tempo que for necessário para dar um parecer adequado".
Lula afirmou que a decisão sobre Battisti é jurídica, e não depende do processo eleitoral no país. "Eu conheço gente contra e a favor no Brasil e na Itália, mas eu não tenho que me preocupar com isso. A decisão brasileira será soberana e com base nos altos do processo e na orientação da Advocacia-Geral da União."
O presidente afirmou ainda que sua decisão não vai causar "nem um arranhão" à relação entre Brasil e Itália, que, segundo ele, é muito forte.
O terrorista italiano teve a extradição determinada pelo STF (Supremo Tribunal Federal) no fim do ano passado, por 5 votos a 4. A palavra final, porém, é do presidente Lula.
Em 2007, o governo da Itália pediu ao Brasil a extradição de Battisti para que ele cumprisse pena de prisão perpétua por participação em quatro crimes cometidos na década de 1970, quando integrava o grupo PAC (Proletários Armados pelo Comunismo). Battisti está preso no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília.
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