O pré-candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra, deverá estrelar o programa partidário em cadeia nacional de rádio e televisão do PTB, legenda que pretende fechar aliança nacional com os tucanos.
Em reunião ontem em São Paulo, da qual participaram os presidentes do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), coordenador da campanha tucana, e do PTB, Roberto Jefferson (RJ), ficou definido o molde em que se dará a aparição do pré-candidato no programa de dez minutos do partido, que será exibido no próximo dia 24 de junho. Além do programa do PTB, está prevista a participação de Serra no do PPS, que vai ao ar no dia 10.
A ideia é que o tucano participe da convenção nacional do PTB, entre os dias 18 e 20 deste mês. Serra deverá ir ao evento, durante o qual serão captadas imagens de sua fala para os presentes. Na reunião de ontem, participou ainda o secretário nacional de comunicação do PTB, Honésio Ferreira, que ficará responsável pela coordenação do programa no rádio e na TV. O programa do PTB deverá ter um formato de documentário e privilegiar as cenas da convenção.
Com o uso das imagens feitas no encontro do aliado, a coordenação da campanha do PSDB acredita que minimiza eventuais problemas com a Justiça Eleitoral ? há questionamentos a respeito da legalidade de aparições em programas de partidos aliados. A avaliação é de que, caso a Justiça seja acionada, o PSDB e o PTB podem se defender dizendo que foram usadas imagens de um encontro dos petebistas, do qual Serra apareceu como convidado, o que é permitido.
Na semana passada, estratégia semelhante foi usada durante o programa partidário em cadeia nacional de rádio e de televisão do DEM. Em grande parte do programa foram usados trechos da fala de Serra no encontro nacional do PSDB-DEM-PPS, no dia 10 de abril, em Brasília.
Estratégia. O uso de parte do programa do PTB faz parte da estratégia da coordenação da campanha tucana de aumentar a visibilidade do pré-candidato.
Há, no entanto, no próprio PSDB dúvidas sobre a eficácia das aparições nos comerciais de aliados. Avalia-se que o retorno pode ser pequeno frente ao risco dos questionamentos que o partido pode enfrentar na Justiça.
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