O México assumiu a Presidência rotativa do Conselho de Segurança das Nações Unidas em um momento em que a comunidade internacional enfrenta diferentes crises, depois do aumento das tensões no Oriente Médio e entre as duas Coreias e durante a negociação de novas sanções ao Irã.
Os três assuntos foram os que mais chamaram a atenção na entrevista coletiva em que o embaixador do México na ONU, Claude Heller, apresentou hoje a agenda de trabalho do conselho de junho.
"Como podem comprovar, é um mês muito tumultuado", explicou o diplomata mexicano, em referência ao ataque israelense de segunda-feira contra uma frota que levava ajuda humanitária a Gaza.
Após quase 13 horas de negociações, o embaixador Heller apresentou na madrugada de ontem a declaração pactuada pelos 15 membros do conselho que pede uma investigação sobre o ataque israelense contra a frota.
O México já enfrentou outra crise durante sua anterior Presidência do conselho, em abril do ano passado, quando a Coreia do Norte lançou foguetes de longa distância.
Sobre as sanções ao Irã por seu programa nuclear, o embaixador mexicano disse que houve "avanços" nas negociações sobre a proposta de resolução que os Estados Unidos apresentaram no mês passado, com o apoio dos outros quatro membros permanentes do conselho (Rússia, China, França e Reino Unido).
Outro assunto com o qual terá que lidar durante a Presidência mexicana do órgão da ONU será o Sudão, já que se espera o comparecimento do promotor do Tribunal Penal Internacional, Luís Moreno Ocampo, para falar de sua acusação contra o presidente do país, Omar al-Bashir, por crimes de guerra.
A Assembleia Geral da ONU elegeu o México em outubro de 2008, para que ocupe durante o biênio 2009-2010 um dos dois postos não-permanentes no Conselho de Segurança reservados à América Latina e ao Caribe.
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