quarta-feira, 2 de junho de 2010

Transferência de presos anima dissidentes cubanos

Reuters

no Terra

A transferência dos primeiros presos políticos cubanos para penitenciárias mais próximas de suas famílias despertou na oposição a esperança de que os mais doentes acabem sendo libertados, disseram alguns dissidentes na quarta-feira.

No primeiro resultado concreto do diálogo entre a Igreja Católica e o regime comunista, sete presos foram transferidos na terça-feira, de uma lista de 17. Todos eles integram o grupo de 75 dissidentes condenados por traição em 2003, após julgamentos sumários, a penas de 6 a 28 anos de prisão.

A situação dos presos políticos foi um dos temas do inédito encontro de meados de maio entre o presidente Raúl Castro, o arcebispo de Havana, Jaime Ortega, e o presidente da Conferência de Bispos Cubanos, Dionísio García.

"Entre esses primeiros presos estariam possivelmente as primeiras libertações por estarem muito doentes ou idosos", disse, animada, Bertha Soler, integrante do grupo Damas de Branco, formada por mulheres e mães de dissidentes presos.

A libertação dos presos políticos é uma das exigências dos EUA para flexibilizar suas relações com Cuba, após quase meio século de embargo econômico.

O diálogo entre Igreja e governo ocorre após uma fase de críticas internacionais ao regime cubano, por causa da morte do preso político Orlando Zapata, ao fim de 85 dias de greve de fome, e da repressão às Damas de

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