Luana Lourenço
Enviada Especial
Porto Alegre - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse hoje (26) que o Fórum Econômico Mundial não tem mais o mesmo glamour que tinha em 2003, quando pela primeira vez visitou a reunião como presidente da República, após ter passado pelo Fórum Social Mundial (FSM), em Porto Alegre.
“Estou aqui [em Porto Alegre] e daqui vou pra Davos outra vez, igualzinho fiz em 2003. Tenho a consciência de que Davos já não tem mais o glamour que eles pensavam que tinham em 2003. O sistema financeiro já não pode desfilar como sendo o modelo exemplar de gerenciamento porque acabou de provocar a maior crise mundial dos últimos anos”, disse.
Para uma plateia de mais 7 mil participantes do FSM, a maioria sindicalistas e representantes de movimentos sociais, Lula disse que dessa vez vai a Davos com outra missão. “Quero mostrar que se o mundo desenvolvido tivesse feito a lição de casa em economia, a gente não teria tido a crise”, afirmou, ao criticar o que chamou de irresponsabilidade na condução do sistema financeiro.
Lula disse que em 2003, durante o FSM em Porto Alegre, se viu “angustiado” diante de uma faixa que cobrava o rompimento do Brasil com o Fundo Monetário Internacional (FMI) e que dessa vez vai a Davos mais aliviado.
“Não apenas não devemos mais, como agora são eles nos devem US$ 14 milhões que emprestamos para eles.”
O presidente, que vai receber em Davos o prêmio de Estadista Global, disse que vai aproveitar a oportunidade para dizer aos que tinham medo de que um torneiro mecânico não tivesse qualificação para governar que sua gestão foi a que “mais construiu universidades e escolas técnicas” em 500 anos de história do Brasil.
Em Davos, Lula receberá o prêmio na sexta-feira (28) e na sexta-feira (29) fará um discurso em que deverá voltar a defender a urgência de uma reforma do sistema financeiro internacional.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário