sexta-feira, 1 de outubro de 2010

POR QUE NÃO VOTAR EM OSMAR DIAS?



Candidato ao governo em 2006, Osmar contou com o apoio de Beto Richa nas eleições, mas nunca abriu mão de seus projetos pessoais para abraçar um projeto político.

Em 2008, quando Beto Richa foi candidato à prefeitura, Osmar relutou em apoiá-lo. Queria condicionar o seu voto e o de seus correligionários ao compromisso de que Richa o apoiaria ao governo em 2010. Richa negou por considerar o debate fora de hora. Osmar, então, o apoiou sem fazer nenhuma exigência, mas não ficou satisfeito.

É preciso lembrar que, antes de disputar o governo em 2006, em uma decisão adiada até as vésperas da convenção do PDT, Osmar recebeu por seis vezes o convite de Roberto Requião (PMDB) para coordenar sua campanha. Só na sexta investida recusou e anunciou sua candidatura, o que significa que nos convites anteriores, chegou a pensar na possibilidade de aceitar a missão.

Em 2002, Osmar foi convidado pelo então candidato à presidência da República, José Serra (PSDB), para coordenar sua campanha no Paraná. A sua indecisão fez com que seu irmão, Alvaro Dias, que então disputava o governo pelo PDT, fosse obrigado a espalhar cartazes na cidade em que ele aparecia, ora ao lado de Lula – partido que o PDT apoiava –, ora ao lado de Serra, apoiado pelo irmão.

Neste ano, outra vez relutante, Osmar insistiu que Gleisi Hoffmann (PT) fosse a vice em sua chapa. Como Gleisi insistiu em disputar o Senado, Osmar rompeu o acordo e procurou o PSDB. Sua intenção era garantir a vaga para disputar a reeleição ao Senado e integrar a chapa encabeçada por Beto Richa no PSDB. Um documento formal foi entregue ao partido, mas após uma reunião com Lula, em Brasília, Osmar voltou atrás e decidiu lançar-se candidato ao governo, abrindo assim o palanque para Dilma Rousseff (PT) no estado.

O presidenciável José Serra avaliou a decisão de Osmar como uma “traição”. E não para menos. Serra é amigo pessoal de Osmar. Os dois costumam jantar juntos em São Paulo e na casa de Osmar, em Curitiba. Quando o “amigo” ainda não havia tomado uma decisão, Serra o convidou para coordenar sua campanha no Paraná, assim como havia feito oito anos antes, e ele recebeu o convite com satisfação.

Em seus discursos, Osmar Dias vem insistindo que Richa traiu a população curitibana ao renunciar à prefeitura após 1 anos e 3 meses. Richa, então, se utilizou de um argumento do candidato a deputado e vereador tucano, Professor Galdino, e lembrou, em certa ocasião, que se Osmar fosse eleito governador em 2006, ele teria de renunciar a quatro anos de mandato no Senado Federal. Fato incontestável.

Osmar e Richa sempre tiveram uma caminhada ideológica muito parecida. Se houve alguém, portanto, que resolveu capitular a interesses outros para atender seu projeto pessoal, não foi Richa.

Osmar se uniu a Requião, seu grande adversário em 2006, ao PT, o partido que sempre combateu e aos fisiológicos de todos os matizes, com quem agora é obrigado a conviver.

Osmar sempre foi contra o MST. É um defensor da propriedade rural privada e considera a Justiça o foro privilegiado para decidir sobre a reintegração de posse de áreas produtivas. Reintegração esta que muitas vezes não é cumprida para satisfazer conveniências de babalorixás regionais (Requião um deles).

Osmar é um privatista, não um estatista. Sua formação política é a de um empresário rural, defensor da livre iniciativa e, portanto, convencido de que os índices de eficiência das empresas particulares são maiores do que o das empresas públicas.

Osmar é contra o inchaço da administração pública, julga o loteamento de cargo públicos uma aberração e já disse, em pronunciamentos anteriores, que via com desconfiança o aparelhamento nas centrais sindicais, na UNE e em órgãos públicos do governo, à custa do contribuinte.

Se Osmar muda o discurso agora é só para atender conveniências eleitorais e porque se tornou um refém do lulo-petismo, do requianismo nacionalista e do chavismo totalitário que grassa em alguns setores do governo federal.

Os gastos de campanha disponibilizados no site do TSE mostram que Osmar Dias gastou mais que seu adversário direto. No total foram R$ 5.667.830,86 em receita ante despesas de R$ 5.378.365,78. Já o candidato Beto Richa arrecadou R$ 8.057.312,00 e somou gastos de R$ 4.985.993,01.

O efeito desse dinheiro que pode atingir a soma de R$ 12 milhões (em valores estimados) é o que se vê nas ruas, traduzida em milhares de bandeiras, panfletos, cartazes e cabos eleitorais que tomaram conta da cidade, numa invasão nunca antes vista na história (para usar um termo de Lula).

Fica fácil, assim, prever o que será o governo Osmar Dias: uma reprodução fiel do pior que Requião produziu, incluídas todas as mazelas que sangraram o Paraná durante oitos anos. Por isso, eleitor, é hora de avaliar o seu voto, antes de entregar o nosso Paraná a um aventureiro, cujo único projeto é a sua ambição pessoal.

PROFESSOR GALDINO
VEREADOR DE CURITIBA – PSDB
CANDIDATO A DEPUTADO ESTADUAL

Um comentário:

  1. É NOTÓRIO, QUE OS ARGUMENTOS CITADOS PELO PROFESSOR SÓ EVIDENCIAM UM ENORME RESSENTIMENTO; DEVIDO A VIDA INCONTESTAVEL DE HONESTIDADE QUE O SENHOR OSMAR DIAS APRESENTA AO LONGO DE SUA HISTÓRIA. QUERO SALIENTAR QUE PRECISAMOS TER VISÃO DE FUTURO, QUANDO NASCEMOS CHORAMOS E DEPOIS APRENDEMOS A FALAR.
    QUANDO FALA DA SITUAÇÃO DA PREFEITURA DE CURITIBA É FUNDAMENTAL QUE SEJA EXIGIDO O TERMININO DO MANDADO, PORQUE O CHEFE DA CASA É QUEM COMANDA, JÁ NO SENADO VOCÊ ESTA MAIS LONGE DO POVO E MAIS PERTO DAS IDÉIAS, PARA O POLITICO HONESTO ELE PREFERE ESTA PERTO DO POVO PARA TER AS IDÉIAS NECESSARIAS PARA PODER FAZER MAIS PELA POPULAÇÃO.PENSE BEM AO FALAR POR QUE AS PALAVRAS SAO COMO FLECHA E O SENHOR PODE ESTAR FERINDO UMA PESSOA QUE QUER O BEM DO PARANA, PORQUE É INCONTESTAVEL QUE SE O SENHOR OSMAR DIAS QUERESE UMA ELEIÇAÕ MAIS TRANQUILA TERIA SE CANDIDATADO AO SENADO. SERÁ QUE TÃO DIFICIL DE ENTEDER.
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