Partido alega que presidente infringiu lei que veda uso de imóveis públicos para benefício de candidatos
Gustavo Uribe, da Agência Estado
SÃO PAULO - O PPS anunciou no início da tarde desta terça-feira, 5, que irá ingressar nesta semana com representação no Ministério Público Eleitoral (MPE) pedindo a abertura de inquérito contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva em decorrência de reunião promovida na manhã desta segunda no Palácio da Alvorada, residência oficial do presidente. O evento contou com a participação de governadores e senadores eleitos que fazem parte da base de apoio do governo. O objetivo foi discutir estratégias para a campanha da candidata do PT, Dilma Rousseff, no segundo turno.
Na representação, o PPS deve alegar que o presidente infringiu o artigo 73 da Lei Eleitoral Nº 9.504/2007, que veda o uso de imóveis públicos em benefício de candidatos. A sigla oposicionista argumenta ainda que a reunião foi feita em "pleno horário de expediente". "É claramente a utilização de recursos dos cofres públicos para fins eleitorais, o que configura um crime eleitoral", acusa o deputado federal Raul Jungmann (PPS-PE).
O parlamentar estuda ainda ingressar com representações contra os governadores e senadores presentes no evento, pelo suposto uso de dinheiro público no deslocamento até Brasília, bem como na hospedagem na capital federal. Alguns políticos presentes participaram ontem de encontro com a candidata Dilma e pernoitaram no Distrito Federal.
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