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Reinaldo Azevedo
Vocês se lembram que Alexandre Schwartsman, ex-diretor do Banco Central (gestão Lula) e economista-chefe do Santander, havia divulgado um estudo em que apontava que o desempenho fiscal de São Paulo não era melhor do que o do governo federal. Reproduzo (em azul) trecho de outro post para refrescar a memória dos leitores:
Schwartsman assina um trabalho em que sustenta que os gastos correntes de São Paulo, que englobam salários e aposentadorias dos servidores e custeio da máquina, cresceram de 7,8% do PIB paulista em 2006 para 9,1%, um salto de 1,3 ponto porcentual. Já os investimentos teriam subido de 0,9% para 1,7% do PIB estadual. No governo federal, os gastos correntes teriam aumentado de 16,2% do PIB nacional para 17,1%, avanço de 0,9 ponto porcentual, o que é maior do que a ampliação dos investimentos em 0,4 ponto porcentual do PIB, de 0,7% para 1,1%.
A Secretaria da Fazendo afirma que a conta está errada. Segundo o governo, o estudo acabou fazendo uma dupla contagem de despesas referentes à previdência paulista. Feita a correção, o aumento das despesas correntes, segundo a secretaria, seria insignificante: de 6,57% do PIB em 2006 para 6,61% em 2009.
Cobrei aqui uma resposta do economista. Ou bem ele estava certo, ou bem a Secretaria. Em comentário enviado a este blog, Schwartsman afirmou que iria refazer as contas e que, se estivesse errado, admitiria o erro.
Pois bem. Ele refez as contas, descobriu que a Secretaria da Fazenda estava certa e admitiu o erro em e-mail enviado às mesmas pessoas que haviam recebido o estudo anterior:
“Meu estudo anterior sobre a situação fiscal de São Paulo, afirmando que seu desempenho era similar ao do governo federal, estava errado. Uma nota técnica da Secretaria da Fazenda revelou um importante erro que eu cometi, o que me levou a uma conclusão errada sobre o desempenho fiscal do estado.”
Schwartsman pede “sinceras desculpas” aos leitores eventualmente induzidos a erro por seu trabalho e às autoridades do estado envolvidas com a área. E anexa um novo estudo com os dados corretos.
Espera-se, agora, que a mesma imprensa que deu ampla cobertura às contas erradas tenha o comportamento correto de Schwartsman e dê igual destaque ao acerto, desfazendo ilações de natureza política que foram feitas. Não é, Valor Econômico?
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