O compromisso de se manter afastado seria uma das cartas na manga para a defesa de Arruda conseguir convencer os ministros do STF a conceder o habeas corpus a favor do governador. Os advogados alegariam que Arruda, fora da cadeia, não teria como usar o cargo para atrapalhar as investigações, fato que motivou sua prisão. "Isso está decidido, ele não volta mais ao governo", afirmou Machado aos jornalistas no hotel onde está hospedado em Brasília.
O movimento de anunciar o compromisso de permanecer afastado até o fim das investigações ainda está sendo decidido, informou o advogado. Pode ser durante o julgamento do habeas corpus ou dias antes. "Tem o plano jurídico e político. Poderia ser uma carta para a Câmara e uma petição da defesa na Justiça, por exemplo. É um compromisso. Não posso dizer ao tribunal que farei uma coisa e, depois, fazer outra", explicou. "Parece lógico que ele, afastado do governo, não influenciaria nas investigações", ressaltou.
Machado admite que Arruda poderia ficar fora do governo até dezembro, quando encerra seu mandato. "O prazo é aleatório e pode esgotar o mandato. Paciência", disse. O julgamento do habeas corpus no STF deveria ter ocorrido ontem, mas a defesa de Arruda pediu o adiamento da sessão.
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