domingo, 28 de fevereiro de 2010

O mundo olha para as Malvinas

Seja na ONU, seja na corte de Haia, Argentina e Grã-Bretanha terão que negociar. Guerra é absurdo

Simon Jenkins - O Estado de S.Paulo

Uma disputa comercial irrompeu no Atlântico Sul. A Argentina afirma seu direito às Malvinas e leva o caso às Nações Unidas. A Grã-Bretanha diz "saiam da frente, vocês devem estar brincando". Ninguém leva isso a sério, pois uma guerra, hoje, é inconcebível. Downing Street está mais preocupada com a impopularidade doméstica.

Isso foi em março de 1982. Essa semana foi parecido. Em 82, os tabloides ingleses acolheram a reivindicação argentina com um "stick up your junta" ("entubem sua junta", em tradução livre). Hoje eles usam tom semelhante, chamando a presidente argentina Cristina Kirchner de "Queen Argie Bargy" (rainha da briga) e Old Plastic Face (cara de plástico velho). Em 1982 foram necessárias nove semanas de contra-ataque, mil mortos e um gasto de £ 3 bilhões para restabelecer o status quo anterior. Neste momento, pelo menos, a guerra parece improvável.

Hoje a Grã-Bretanha tem quase o mesmo número de soldados nas Malvinas - 1.200, guardando a ilha - quanto o número de ingleses vivendo ali na época da invasão. A nova disputa com a Argentina tem a ver com a chegada de uma plataforma de petróleo, Ocean Guardian, às águas ao norte de Port Stanley. A Argentina vê os recursos submarinos das Malvinas como parte de sua antiga reivindicação pela soberania das ilhas, pretensão que a derrota de 1982 não diminuiu. Leia na íntegra no Estadão

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