quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Dilma escapa de depor no Senado, mas cresce pressão por caso Telebrás


Caio Quero

No mesmo dia em que escapou de ser obrigado a ver a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, tendo que explicar o polêmico Programa Nacional de Direitos Humanos no Senado, o governo começa a sentir aumentar a pressão das denúncias sobre suposto tráfico de influência do ex-ministro José Dirceu.

Em uma reação a uma reportagem do jornal Folha de São Paulo, que sugere que Dirceu teria recebido pelo menos R$ 620 mil de um grupo empresarial que seria beneficiado com a eventual reativação da Telebrás, como promete o governo, o presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil, Ophir Cavalcante, cobrou explicações do presidente Lula.

"O governo Lula não pode ficar com essa pecha, essa acusação de tráfico de influência de um ex-ministro, e precisa dar uma explicação à sociedade brasileira neste momento", disse Cavalvante.

As denúncias também geraram reações de deputados do PSDB e fizeram com que o líder do DEM na Câmara, deputado Paulo Bornhausen, defendesse a instalação de uma CPI para investigar as acusações.

PNDH

Na outra casa do Legislativo, no entanto, a bancada governista conseguiu aprovar um requerimento que evita o desgaste de um depoimento da pré-candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, na Comissão de Constituição de Justiça no Senado.

Dilma havia sido convocada para prestar explicações sobre o Programa Nacional de Direitos Humanos no último dia 10 de fevereiro.

Na audiência, a oposição pretendia questioná-la sobre pontos polêmicos do projeto, como as questões relativas ao aborto, à monitoração dos meios de comunicação e ao tratamento legal para as ocupações de terra.

Por meio de um requerimento de autoria do líder do governo no Senado, Romero Jucá, a convocação de Dilma foi substituída pela do ministro Paulo Vannuchi, da Secretaria Especial de Direitos Humanos.


Nenhum comentário:

Postar um comentário