Agência AFP
No Jornal do Brasil
ATENAS - A Grécia amanheceu quase totalmente paralisada nesta quarta-feira por uma greve geral, convocada pelas grandes centrais sindicais para criticar as medidas rigorosas adotadas pelo governo socialista para tirar o país de uma crise financeira e orçamentária sem precedentes.
A partir da meia-noite, os transportes aéreos e marítimos foram paralisados, assim como quase todos os serviços ferroviários.
Os ônibus e uma linha de metrô funcionavam em Atenas para permitir aos grevistas comparecer às manifestações programadas pelos sindicatos no centro da capital a partir de meio-dia. Os taxistas não aderiram à greve.
Outras cidades do país também têm manifestações programadas, em particular Salônica (norte), a segunda maior do país.
A frente sindical do Partido Comunista Ultra Ortodoxo, o PAME, convocou protestos separados das centrais sindicais.
A greve deve provocar o fechamento das escolas, prédios públicos e tribunais. Bancos, hospitais e grandes empresas do setor público funcionavam a ritmo reduzido.
O país também está privado das informações nas rádios e canais de televisão, já que o sindicado de jornalistas aderiu ao movimento e decidiu punir os membros em caso de não adesão. Os jornais não serão publicados na quinta-feira.
A paralisação é uma iniciativa da poderosa Confederação Geral dos Trabalhadores Gregos (GSEE, um milhão de membros), depois que o governo anunciou medidas de austeridade para reduzir drasticamente o imenso déficit do país.
A principal medida prevê o aumento para 63 anos e meio da idade mínima de aposentadoria.
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