Khadafi fez as declarações durante encontro de líderes árabes
O líder líbio, Muamar Khadafi, convocou nesta quinta-feira uma "Guerra Santa", ou Jihad, contra a Suíça.
Khadafi justificou o pedido afirmando que o país é "infiel" e está “destruindo mesquitas”, em alusão ao resultado de um referendo do ano passado em que os suíços se colocaram a favor de proibir a construção de minaretes.
"Qualquer muçulmano em qualquer parte do mundo que trabalhe com a Suíça é um apóstata (pessoa que abandonou as fé em uma religião), é contra o profeta Maomé, Deus e o Corão", disse.
"As massas de muçulmanos devem ir a aeroportos do mundo islâmico e impedir a aterrissagem de aviões suíços, aos portos e impedir a chegada de navio suíços e inspecionar lojas e mercados para impedir que produtos suíços sejam vendidos."
"Vamos combater a Suíça, o sionismo e a agressão estrangeira", completou.
O líder líbio ressaltou que "existe uma grande diferença entre terrorismo e o direito à jihad, ou resistência armada".
Referendo
No referendo de 29 de novembro, a maioria dos suíços votou a favor de uma lei que proíbe a construção de minaretes.
CliqueLeia mais sobre o resultado do referendo
O governo suíço havia aconselhado a população a votar contra a proposta, argumentando que ela violaria a liberdade religiosa.
O Ministério das Relações Exteriores suíço disse que não comentaria as declarações de Khadafi.
A Líbia rompeu relações com a Suíça em 2008 após a prisão de um filho de Khadafi em um hotel suíço, acusado de maltratar empregados.
Ele foi libertado pouco depois da detenção, e as acusações foram retiradas, mas a Líbia cortou a venda de petróleo para a Suíça, retirou bilhões de dólares depositados em bancos suíços e prendeu dois empresários suíços que trabalhavam em território líbio.
A Líbia afirma que as prisões dos empresários e a do filho de Khadafi não têm ligação.
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