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Empresário, presidente do Grupo EBX, foi entrevistado no programa 'Roda Viva', da TV Cultura
Chiara Quintão, de O Estado de S.Paulo
SÃO PAULO - O empresário Eike Batista, presidente do Grupo EBX, afirmou na segunda-feira, 30, que está financiando as campanhas eleitorais dos dois candidatos que lideram as pesquisas de intenção de voto para a Presidência da República, Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB), "em prol da democracia".
A declaração foi dada ontem no programa Roda Viva, da TV Cultura. "Escolhemos ter uma democracia." Indagado se teria medo de retaliação por parte de quem vencer a eleição caso financiasse apenas o concorrente, Batista respondeu: "Também."
"Não vão atrasar os meus projetos nos vários Estados por causa de política", disse o empresário. Ele admitiu que não leu os programas de governo dos dois candidatos e afirmou que o Brasil está "bem colocado nos trilhos". "Foram 16 anos de acerto, as bases estão criadas."
Eike se referiu ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) como um banco de desenvolvimento do Brasil do qual o mundo inteiro sente inveja. "Se você não cumprir todas aquelas exigências, nem entra lá", disse. Segundo ele, os ativos do grupo EBX valem R$ 80 bilhões e as linhas de crédito tomadas por suas empresas no BNDES somam R$ 4 bilhões. "Eu tenho de pagar isso de volta", ressaltou.
Conforme o empresário, enquanto o BNDES não libera o dinheiro para um dos financiamentos contratados, o grupo está fazendo um empréstimo-ponte com Itaú e Bradesco, com custo mais alto. "Todos os meus recursos estão em meus projetos", afirmou. Contou ainda ter pago R$ 670 milhões referentes ao Imposto de Renda de 2009.
Ambiente
O presidente do grupo EBX defendeu ainda maior rigor na legislação ambiental. "Nos últimos sete anos, obtivemos 108 licenças ambientais. É rígido, mas que bom que é. Projetos que não cumprem critério ambiental e social não devem nem existir. Temos de partir do conceito de que vamos buscar o sustentável. É o que eu faço."
Segundo ele, o espaço em que as mineradoras extraem matéria-prima é "muito pequeno em comparação à área do Brasil". "Quando você extrai minério, cataloga fauna e flora, faz viveiros e pode fazer recuperação de 100%. Isso é uma coisa que a indústria deveria mostrar." Ele afirmou também que os brasileiros precisam se "orgulhar" do Ministério Público. "Acho ótimo os controles e as auditorias. Mandamos todo mês relatórios do andamento das obras para o Ministério Público."
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