quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Marina condena violação de sigilos fiscais de tucanos


EVANDRO FADEL - Agência Estado

A candidata do PV à Presidência da República, Marina Silva, criticou hoje a violação de sigilos fiscais do vice-presidente nacional do PSDB, Eduardo Jorge, e de outros três integrantes do alto escalão tucano. "Não se pode utilizar meios ilícitos para se conseguir informação de quem quer que seja", afirmou ela, em Curitiba. "Uma campanha já é um prenúncio daquilo que se fará quando se chegar ao poder e quem não respeita a legislação, quem não respeita as instituições antes de ganhar, que garantia teremos de que respeitará depois que chegar lá?"

Em razão disso, Marina afirmou que em sua plataforma de governo deixou claras as orientações sobre a questão ética durante a campanha. "Eu coloquei que não iríamos usar de baixaria com ninguém, não iríamos fazer ataques pessoais a ninguém e que não iríamos usar qualquer tipo de informação por meios ilícitos para tisnar a honra de quem quer que seja", afirmou.

Ao comentar os números da pesquisa Datafolha, que a coloca com 9% das intenções de votos, contra 49% de Dilma Rousseff (PT) e 29% de José Serra (PSDB), Marina Silva utilizou uma analogia com o futebol. "Nós estamos apenas nos 12 minutos do primeiro tempo, ainda tem muita bola para rolar nesse jogo", disse. "Eu continuo estabilizada, mas a sociedade brasileira está desestabilizando aqueles que achavam que iam fazer plebiscito."

Segundo turno

A partir do distanciamento mostrado pelas pesquisas entre Dilma e Serra, Marina tem insistido cada vez mais na necessidade de um segundo turno e hoje fez apelos aos eleitores por pelo menos três vezes em Curitiba. "Uma eleição em dois turnos é uma oportunidade de pensar duas vezes", reforçou. "Se a gente pensa duas vezes em relação ao futuro da gente, tem que pensar duas vezes em relação ao futuro do Brasil, para conhecer melhor as propostas, conhecer melhor os candidatos, suas trajetórias."

A candidata ressaltou que está confiante com sua campanha. "O que sinto nas ruas é muito maior do que o que aparece nas pesquisas", afirmou. Por isso, não pretende alterar a estratégia. "Vai continuar sendo conversar com as pessoas, mostrar o programa, participar dos debates, não trabalhar uma cultura de ódio na política, nem fazendo oposição por oposição e nem situação por situação", afirmou.



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