no Fábio Campana
Em matéria de aborto, a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) fazia mais nexo do que a candidata Dilma Rousseff.
Embora se declarasse católica, a Dilma de ontem posicionava-se, sem meias palavras, a favor do dever do Estado de socorrer a mulher que “estiver em condições de fazer o aborto ou querendo fazer o aborto”.
Hoje, receosa de perder o eleitorado carola, a candidata desdiz a ministra: “Eu, pessoalmente, sou contra o aborto”. Poderia ter dito coisa diferente. Por exemplo:
“Sou a favor da legalização do aborto. Mas, se chegar à Presidência, não serei mandatária de mim mesma. Essa matéria é de responsabilidade do Congresso, a cuja vontade me submeto”.
Ao fugir desse script, Dilma tornou-se provedora de munição contra Dilma. Pode chiar o quanto quiser. Mas essa encrenca ela comprou sozinha.
Aborto: é um caso de saúde publica e se for para alguém resolver, que seja como a Marina Silva disse, um prebissito, no qual votariam somente a quem interessa, as mulheres.
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