quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Guido Mantega erra a mão e dólar continua sua trajetória de queda livre



no ucho.info

dolar_11Ao comparar as ações de seu governo com situações futebolísticas, o que se transformou em algo enfadonho, o messiânico Luiz Inácio da Silva acabou fazendo escola. A exemplo do companheiro e patrão, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, tentou explicar na terça-feira (5) a inocuidade da medida adotada para conter a valorização do Real frente à moeda norte-americana. O dólar encerrou a terça-feira valendo R$ 1,67, a menor cotação desde 2 de setembro de 2008.
Para justificar a ineficácia do aumento de 2% para 4% do IOF sobre a entrada de capital estrangeiro no País, Mantega disse que muitas medidas são como os antibióticos, que precisam de alguns dias para surtir efeito. O ministro da Fazenda pode apelar como quiser para a farmacologia, mas é preciso analisar alguns ingredientes dessa receita indigesta. O primeiro deles é que o dólar passa por um processo de desvalorização em todo o planeta, provocado pela retomada lenta da economia norte-americana depois da crise financeira internacional. E não será uma ação local que solucionará um problema global. O segundo item a ser considerado é que as volumosas compras de dólar feitas pelo Banco Central não têm conseguido segurar a cotação da moeda ianque.
O fluxo de entrada de dólares no País não deve cessar tão cedo, pois o baixo risco dos investimentos no Brasil e a necessidade cada vez maior de se expandir a infraestrutura continuarão atraindo o interesse dos donos do dinheiro. Fora isso, as altas taxas de juros têm levado à injeção de grandes volumes de dinheiro em bancos e instituições financeiras, que captam recursos baratos no exterior para financiar o consumo interno e lucrar como nunca. Enquanto isso, os produtos brasileiros para exportação perdem diariamente competitividade no mercado internacional.
Sempre posando como a única solução para os problemas do mundo, Lula da Silva mostra ser um irresponsável contumaz, pois empurrou o brasileiro ao consumo exacerbado, com forma de manter a estabilidade da economia nacional durante a crise, o que gerou índices históricos de endividamento das famílias brasileiras. Na ponta dessa ciranda criminosa estão os banqueiros e investidores, que encontraram na Terra Brasilis um paraíso dourado para o dinheiro especulativo.
Para quem no passado defendia a estatização imediata dos bancos e o não pagamento da dívida externa, Lula é no mínimo surpreendente.

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