sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Nosso caçador de cretinices traduz para o dilmês a frase misteriosa da Mãe do PAC

Ainda em busca da transcrição em estado bruto do pronunciamento de Dilma Rousseff no congresso nacional do PT, o jornalista Celso Arnaldo conseguiu tempo para revisitar uma declaração especialmente misteriosa atribuída à Mãe do PAC. O implacável caçador de cretinices voltou da incursão com outro achado. Confiram:

Numa carta publicada na Folha de hoje, o “assessor especial” da Casa Civil, Oswaldo Buarim Jr., contesta manchete do jornal para amatéria sobre a entrevista da patroa.

Escreve ele :

─ Para correta informação dos leitores, reproduzimos a declaração da ministra com seu sentido completo: “O Estado terá, inexoravelmente, que reforçar seu segmento executor, para universalizar o saneamento”.

Agora, sim ─ faltava universalizar o saneamento.

Piorou um pouco. Mas, entre os colaboradores do Augusto Nunes, talvez eu seja o único a ver essa frase com outros olhos. Embora ela não queira dizer rigorosamente nada que preste ─ e se preste a interpretações jocosas em torno da palavra “executor” ─ continuo achando que isso não é uma legítima Dilma. Está na cara que é texto ou caco de assessor, de subintelectual do PT. Falando, Dilma está longe desse status.

Até consigo ver essa frase na boca de um Marco Aurélio Garcia ou numa empolada tese de doutorado de ciências sociais. Pelo menos, ela tem sintaxe e ordem gramatical lógicas, não é redundante, não é pastosa, não se atropela a si mesma. Em suma: não é Dilma.

Dilma não tem a capacidade de dizer, nessa ordem, em menos de três horas, estas 13 palavras: “O Estado terá, inexoravelmente, que reforçar seu segmento executor, para universalizar o saneamento”

Querendo dizer isso, ela diria mais ou menos assim:
“Cês vejam que o Estado ele vai ter que ser mais executor nesse segmento da execução porque o saneamento ele precisa de atingir essa coisa que o presidente Lula sempre colocou que é o Brasil para 190 milhões de brasileiros”.

Celso Arnaldo não erra uma.

Leia mais na Coluna do Augusto Nunes na veja

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