A justificativa do governador afastado de Brasília, José Roberto Arruda (sem partido, ex-DEM), de que o maço de dinheiro recebido das mãos do ex-secretário de Relações Institucionais Durval Barbosa foi usado para a compra de panetones vai lhe causar mais problemas na Justiça.
A subprocuradora-geral da República Raquel Dodge acaba de protocolar no Superior Tribunal de Justiça uma nova ação penal contra Arruda por falsidade ideológica, um crime com pena de prisão de um a três anos. A ação se baseia em perícia da Polícia Federal. O laudo afirma que os quatro recibos assinados por Durval, referentes a supostas doações para a compra de panetones nos Natal nos anos de 2004, 2005, 2006 e 2007, foram todos produzidos no dia 28 de outubro de 2009.
Em operação de busca e apreensão da PF na Granja de Águas Claras, residência oficial do governador de Brasília, realizada no último dia 11, foi recolhida uma impressora. Nessa máquina, de acordo com os peritos, foram impressos os recibos no mesmo dia 28 de outubro.
Época.com noticiou em 30 de novembro do ano passado – três dias depois de deflagrada da Operação Caixa de Pandora – que a PF já havia concluído que os recibos foram forjados.
Para o Ministério Público, a comprovação de que Arruda teria forjado documentos para encobrir um suposto crime reforça a necessidade da prisão preventiva do governador afastado. Na próxima semana, o Supremo Tribunal Federal julga o pedido de habeas corpus apresentado pelas advogados de Arruda.
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