terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Palocci confirma desistência em SP e diz que participará da campanha de Dilma

GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília


O deputado Antonio Palocci (PT-SP) confirmou nesta terça-feira à Folha Online que desistiu de concorrer ao governo de São Paulo. O motivo, segundo ele, foi o convite feito pela ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) para participar da coordenação da sua campanha ao Palácio do Planalto.

"Fui convidado pela ministra para participar da campanha dela. Acho as duas coisas incompatíveis, por isso optei por ajudá-la", afirmou Palocci, sem revelar a função que desempenhará na campanha.

Palocci comunicou oficialmente ontem à Executiva Estadual do PT de São Paulo a sua decisão. Na ocasião, o deputado avaliou que este não é o melhor momento para participar da disputa e se colocou à disposição do partido para ajudar na campanha de Dilma à Presidência. Na conversa, o deputado disse que prefere se candidatar à reeleição.

Sem Palocci, o PT ainda tem como pré-candidatos o ministro Fernando Haddad (Educação), o senador Eduardo Suplicy (PT-SP) e o prefeito de Osasco, Emidio de Souza (PT). Outros nomes cotados são a ex-ministra Marta Suplicy (Turismo) e o senador Aloizio Mercadante (PT-SP). Porém, o partido ainda discute o apoio ao deputado Ciro Gomes (PSB-CE), que prefere concorrer à Presidência.

Outra pré-candidatura ainda em avaliação pela oposição é a do presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), Paulo Skaf, que se filiou ao PSB no ano passado com pretensões eleitorais.

Mas alguns petistas avaliam que o melhor para a oposição e para a candidatura de Dilma é lançar um nome que tenha experiência eleitoral. A avaliação é que um nome que já conhece o Estado facilitaria a construção de uma tática eleitoral para o palanque de Dilma.

Para o presidente do PT de São Paulo, Edinho Silva, a indefinição do candidato da oposição ao governo de São Paulo poderá prejudicar a campanha de Dilma.

"A ausência de uma liderança fragiliza o processo, e essa indefinição do quadro vai prejudicar a candidatura de Dilma em São Paulo. Será difícil percorrer o Estado sem um palanque forte. Se protelar muito [a escolha do candidato], vai começar a enfraquecer o palanque de Dilma", afirmou Edinho.

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