quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

"Qualquer tarefa que me derem, eu faço", diz Dirceu sobre campanha de Dilma à Presidência

Ex-ministro de Lula acusado no mensalão diz que rodou o país em busca de apoio na eleição

Andréia Sadi, do R7, em Brasília

osé Dirceu, ex-ministro da Casa Civil e braço direito de Lula, disse nesta quinta-feira (18) durante o congresso do PT, em Brasília, que topa qualquer função na campanha da sua sucessora na pasta, Dilma Rousseff, à Presidência. Dirceu deixou o cargo após ser acusado de operar o escândalo do mensalão, em 2005, suposto esquema de pagamento de propina a aliados do governo no Congresso. Ele sempre negou envolvimento.
- A Executiva vai me dar ou não funções e tarefas na campanha ou nas construções de alianças. Aí é outra fase. O que me derem de tarefa, eu faço com maior prazer.

Muito calmo, Dirceu conversou com a imprensa na abertura do evento que vai lançar a candidatura da ministra e disse que uma função específica ainda não foi conversada com a direção do partido.

Dirceu admitiu que rodou o país "com carta branca" conversando com partidos em busca de apoio à candidatura de Dilma, escolhida pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para a sua sucessão.

- Eu fiz o que todo dirigente do PT faz. A orientação do PT é a aliança com o PMDB. Sou liderança do PT, não sou dirigente, mas sou liderança e tenho apoio da direção do PT.

Dirceu disse que a ministra tem "carisma" como mulher de esquerda, "história fantástica" e jogo de cintura.

- Ela tem muita força, tem muito jogo de cintura, senão não teria se transformado em candidata unânime do PT.

Dirceu negou também que haja resistência do PT ao nome do presidente da Câmara e do PMDB, Michel Temer, para compor uma chapa como vice da ministra. O presidente Lula chegou a sugerir uma lista tríplice para que Dilma escolhesse o nome do seu parceiro na chapa, o que foi criticada pelo PMDB. Sobre o vice, Dirceu disse:

- O PMDB que tem que decidir. Pelo que eu tenho entendido, o candidato é o Temer.

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