Cristina Kirchner acusa jornais de se apropriarem de empresa de papel-jornal ilegalmente
BUENOS AIRES - O diário argentino Clarín publicou nesta quarta-feira, 25, documentos que desmentem a versão do governo Cristina Kirchner sobre a compra da Papel Prensa, a principal produtora de papel-jornal do país.
Segundo o jornal, declarações de Isidoro Graiver e María Sol Graiver, irmão e filha do antigo dono da empresa, David Graiver, não houve irregularidades na venda da Papel Prensa aos diários Clarín, La Nación e La Razón e ao governo, na época sob uma ditadura militar.
Em pronunciamento à nação, Cristina afirmou ontem que a viúva de Graiver vendeu a empresa sob tortura dos militares. O empresário era vinculado ao grupo guerrilheiro Motoneros, que lutava contra a ditadura.
"No momento das vendas das ações da Papel Prensa, em 2 de novembro de 1976, todos os membros do Grupo Graiver gozavam de total liberdade de ação e de decisão. Não estavam sequestrados, nem foram coagidos", diz o texto.
Os diários acusam o governo Kirchner de tentar cercear a liberdade de imprensa e de pressioná-los ao tentar controlar a principal matéria prima para publicação de jornais impressos.
O governo Cristina tem uma relação difícil com a imprensa, principalmente com o jornal Clarín. Na semana passada, a presidente proibiu o grupo dono do diário de vender banda larga.
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