Como herança da tumultuada gestão do ex-ministro Roberto Mangabeira Unger na Secretaria de Assuntos Estratégicos, tornou-se conhecido no Fórum Social Mundial, em Porto Alegre, e no bojo de um pacote de propostas trabalhistas, anteprojeto de lei que obriga a distribuição de 5% dos lucros líquidos das empresas aos empregados. Como tem acontecido no governo Lula, as discussões que se transformaram no documento de 67 páginas, intitulado Reconstrução das Relações Capital-Trabalho, foram feitas em ambiente fechado e distante da opinião pública. A bem da verdade, Mangabeira Unger afirmou ter consultado centrais sindicais, entre as quais CUT, Força Sindical, UGT, CGTB, NCST e CTB, delas não tendo recebido aceitação maciça. Mas não foram consultadas entidades empresariais, por motivos óbvios também interessadas no assunto.
Como achou melhor voltar a dar aulas na Universidade Harvard, o polêmico ex-ministro deixou o legado de sua criatividade trabalhista a alguém que andava precisando de qualquer ideia nova para conquistar um mínimo de visibilidade político-eleitoral. Foi assim que transferiu a paternidade do assunto ao ministro do Trabalho, Carlos Lupi, que encampou o texto e organizou um grupo de trabalho para tratar da questão. Como não poderia deixar de ser, o ministro da Justiça, Tarso Genro ? que nunca se faz de rogado para pegar carona nos temas polêmicos, por menos que lhes digam respeito ?, acabou dando arcabouço jurídico ao anteprojeto, que ainda deve ser submetido à ministra-chefe da Casa Civil, antes de ir para o Congresso Nacional.Leia na ÍNTEGRA ESTADÃO
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