terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

O que Lula tem a dizer sobre as gatunagens do companheiro?

Do Augusto Nunes

O presidente Lula suspendeu a folga do domingo para comparecer ao velório do deputado Carlos Wilson Campos, presidente da Infraero de janeiro de 2003 a julho de 2005. “Fiz questão de vir aqui me despedir de um grande companheiro, um grande político e um grande administrador”, informou com voz embargada no começo da tarde de 12 de abril de 2009, ao chegar ao palácio do governo de Pernambuco. Entrou no saguão com cara de luto, aproximou-se do caixão com cara de dor, contemplou o morto com cara de choro e iniciava a retirada com cara de pressa quando topou com o microfone empunhado por um repórter.

“É triste o Carlos Wilson não estar aqui em 2010 para ver as obras do PAC”, lastimou. “Ele ficaria feliz”. Ficaria eufórico, corrige o relatório final da Polícia Federal sobre a Operação Caixa Preta, divulgado pelo Estadão no fim de semana. Agora que até determinações do Tribunal de Contas da União são ignoradas, o que não faria quem fez o que fez Carlos Wilson nos dois anos e meio em que pilotou, simultamente, a Infraero e uma gorda quadrilha formada por diretores da estatal e empreiteiros amigos?

Valendo-se de licitações fraudulentas, superfaturamentos estratosféricos, sobrepreços de assustar sheik árabe e outras delinquências, o bando transformou todos os canteiros de obras instalados em aeroportos no primeiro mandato de Lula em usinas de dinheiro sujo. No fim de 2005, quando Carlos Wilson afastou-se do empregão para homiziar-se na Câmara dos Deputados, a organização criminosa havia tungado dos cofres públicos R$ 991,8 milhões. Isso mesmo: quase R$ 1 bilhão. Uma gatunagem de dimensões assombrosas até para os padrões dos trêfegos trópicos.Leia na íntegra==> Coluna do Augusto Nunes

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