O deputado federal e ex-governador de São Paulo, Paulo Maluf (PP-SP), e seu filho Flávio Maluf decidiram processar o promotor de Nova York Robert Morgenthau, que os acusou de terem participado de um esquema de superfaturamento e de propina na prefeitura de São Paulo, informou nesta terça-feira, 23, uma nota divulgada pela assessoria de Maluf.
Segundo a nota divulgada pelo ex-prefeito, a inclusão do seu nome e duas fotos na difusão vermelha da Interpol por solicitação dos Estados Unidos foi uma decisão "arbitrária e não condizente com o que rege o Direito Internacional e a soberania das nações livres". Maluf foi denunciado pela promotoria americana como beneficiário da conta Chanani, para a qual realizou remessas que somam US$ 11,68 milhões, entre janeiro e agosto de 1998.
A investigação apontou que a conta foi utilizada para a transferência de fundos e de ativos para contas bancárias na Ilha de Jersey, paraíso fiscal do Canal da Mancha. Parte do dinheiro também teria sido utilizado para pagamentos ligados à campanhas eleitorais.
Na nota, Maluf afirma que a inclusão de seu nome na lista da Interpol é uma "vingança" por ter apresentado na Câmara dos Deputados o projeto de lei 265/07, que responsabiliza pessoalmente e com previsão de pagamento de indenização o integrante do Ministério Público que supostamente agir de forma política. O deputado disse confiar "na Justiça americana e na soberania brasileira para impedir tamanha violência contra cidadãos e o Congresso brasileiros". Maluf é processado pelo Ministério Público e segue na lista da Interpol, podendo ser preso em 188 países se deixar o Brasil.
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