Colaboração para a Folha Online
Os governos da França e Estados Unidos mostraram estar alinhados em pelo menos dois assuntos: a condenação às construções de Israel em Jerusalém Oriental e o apoio a sanções ao Irã por seu projeto nuclear. Declarações sobre os dois temas foram feitas pelos presidente americano, Barack Obama, e seu colega francês, Nicolas Sarkozy, nesta terça-feira, após a primeira visita do francês à Casa Branca.
Ambos os líderes concordaram sobre a necessidade de deter o programa nuclear iraniano. Os países ocidentais estão preocupados com a possibilidade de o programa nuclear iraniano, que inclui o enriquecimento de urânio, tenha como objetivo a produção de armas nucleares. O Irã afirmou que seu programa é pacífico e destinado a produzir eletricidade
Obama disse, nesta terça-feira, esperar que as sanções da ONU (Organização das Nações Unidas) contra o país do Oriente Médio sejam impostas já nas próxima semanas.
Construções de Israel
Nicolas Sarkozy disse que seu comprometimento com a segurança de Israel é conhecido, mas que as construções na área pleiteada pelos palestinos "não contribui em nada". Ele ainda parabenizou Obama por tentar reatar as negociações entre israelenses e palestinos.
O presidente francês disse que "a ausência de paz" na região "é um problema para todos nós" e alimenta o terrorismo ao redor do mundo.
Oficiais americanos e israelenses buscam retomar as relações entre os dois países, que estão em crise após o anúncio de que o plano de construção de 1.600 casas dando prosseguimento à expansão dos territórios ocupados não seria suspenso.
Israel ocupa parte da Jerusalém Oriental desde 1967, sem reconhecimento internacional. A cidade é pleiteada pelos palestinos como capital de um futuro Estado e central nos esforços de negociação de paz.
Para Washington, o fato de Israel construir em Jerusalém Oriental é uma atitude provocativa e prejudica o andamento das negociações.
Sarkozy na Casa Branca
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, recebeu nesta terça-feira, pela primeira vez, seu colega francês, Nicolas Sarkozy, na Casa Branca, uma boa ocasião para deixar para trás antigos atritos e, segundo o francês, 'celebrar a amizade'.
O líder francês se encontrou com Obama depois de outros líderes europeus, entre eles o britânico Gordon Brown, a alemã Angela Merkel e o espanhol José Luis Rodríguez Zapatero, já terem passado pelo Salão Oval, mas terá um privilégio que eles não tiveram: um jantar privado.
Obama e a primeira-dama Michelle oferecerão à noite um jantar privado em honra a Sarkozy e sua esposa, Carla Bruni, uma gentileza que o presidente dos Estados Unidos não ofereceu aos outros líderes europeus e que o francês qualificou como 'um forte gesto de amizade e de estima em relação à França'.
Sarkozy, apesar de ser visto nos EUA como mais próximo dos americanos que outros presidentes franceses, criticou Obama em privado, avaliando que ele tem postura 'débil e ingênua' na política internacional.
O líder francês foi especialmente crítico com seu colega americano por sua estratégia de perseguir uma política de aproximação com o Irã, já que ele defende uma resposta mais firme.
Por sua vez, Washington não gostou da resposta de Sarkozy sobre a operação militar no Afeganistão. O presidente francês não quer reforçar seu efetivo, mas disse que os 3.750 militares franceses permanecerão no país centro-asiático.
Porém, durante a visita de Obama à França em junho para participar dos atos de comemoração do 65º aniversário do Desembarque de Normandia as diferenças entre ambos começaram a ficar mais evidentes.
Um dia depois da comemoração, Obama, de volta a Paris com sua família, rejeitou um convite para um jantar de Estado no Palácio do Governo da França, e preferiu jantar com sua família em um restaurante, como destaca a imprensa americana e francesa nesta semana.
Com agências internacionais
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