quarta-feira, 31 de março de 2010

Beto Richa renuncia para disputar governo do Estado

Roger Pereira

Beto reúne mais de 5 mil em almoço após renúncia.

Com a presença de representantes de sete partidos (PP, PMDB, PSB, PPS, PV, DEM, PCdoB) e das principais lideranças estadual e nacional do PSDB, o tucano Beto Richa deu largada, ontem, à sua pré-candidatura para o governo do Estado. Após renunciar oficialmente ao mandato de prefeito de Curitiba (Luciano Ducci tomou posse às 10h, na Câmara Municipal), Beto reuniu mais de cinco mil pessoas em um almoço no restaurante Madalozzo, em Curitiba, para lançar sua campanha. “Foi uma decisão difícil, refleti muito, mas jamais titubeei em aceitar esse desafio. Agradeço a confiança do PSDB do Paraná. Sinto-me maduro, experiente e preparado para assumir o governo do Estado e levar ao Paraná as transformações que fizemos em Curitiba”, declarou.
Uma das presenças bastante festejadas no encontro foi a do presidente nacional do partido, senador Sérgio Guerra. “A presença dele avaliza nossa candidatura e mostra o respeito que o partido tem pelo Paraná e por Curitiba”, disse Beto, afirmando que a participação de Guerra põe fim às especulações de que sua candidatura não era bem vista pelo PSDB Nacional, que poderia interferir na escolha do candidato no Paraná. Guerra disse que Beto será o candidato do PSDB, que terá todo o apoio do diretório nacional e que o “PSDB fez a escolha adequada e ganhará a eleição, com o apoio do povo”.

Questionado sobre a disputa interna e as desavenças entre Beto e o senador Alvaro Dias, Guerra disse que “esta é uma situação que será resolvida. Ainda não está resolvida, mas será. O Alvaro é meu amigo e vou conversar bastante com ele”. Sobre a possibilidade de oferecer algum outro cargo na campanha ou num eventual governo de José Serra, Guerra disse: “Ele é senador e será líder do partido”. O presidente estadual do PSDB, deputado Valdir Rossoni, disse que, com a pré-candidatura de Beto definida, o partido parte, agora, para a construção das alianças. Rossoni vê dificuldade, mas ainda sonha com o apoio do PMDB. “As conversas estão estagnadas, mesmo porque o PMDB tem candidato. O que há é uma ala que declara apoio ao Beto, formada por alguns parlamentares, mas vamos conversar, primeiro, com os partidos que sempre estiveram conosco”. Rossoni disse que, para conseguir o maior número de partidos para a aliança vale a pena, até, abrir mão da candidatura própria ao Senado. “Estamos preparados para qualquer sacrifício. Para alguns aliados, vale a pena sim”.

Sobre a provável disputa com antigo aliado PDT, do senado Osmar Dias, quem comentou foi Beto. “É natural. Alianças não são eternas. Todos os partidos querem candidatura própria sempre. Quando não fazem é porque não têm um nome ou não têm estrutura. O que não é o caso do PDT e nem do PSDB. Então, paciência, vamos para a disputa”.




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