LUIZA BANDEIRA
da Agência Folha
Menos de duas semanas após anunciar que cumpriria seu mandato até o fim, abrindo mão de concorrer ao Senado, o governador do Piauí, Wellington Dias (PT), voltou atrás e decidiu deixar o cargo hoje.
Segundo assessores, um dos motivos que levou Dias a reconsiderar a permanência foi um pedido feito pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
De acordo com os assessores, Lula falou com Dias pessoalmente e enviou ao Estado o ministro Alexandre Padilha (Relações Institucionais), que participou, na noite de anteontem, da reunião que decidiu pela renúncia do governador.
A candidatura de Wellington Dias ao Senado pode complicar os planos de reeleição dos senadores Mão Santa (PSC-PI) e Heráclito Fortes (DEM-PI).
Também pesou na decisão de Dias, dizem assessores, a falta de unidade da base aliada na escolha do candidato a sua sucessão. Quando anunciou que ficaria, Dias disse que sua intenção era unir a base --Lula defende um palanque único para a presidenciável petista Dilma Rousseff nos Estados.
Porém, dos cinco nomes aliados cotados para disputar o governo do Piauí, três ainda mantém suas pré-candidaturas: o vice Wilson Martins (PSB), que assume o cargo hoje, o secretário de Educação, Antonio José Medeiros (PT), e o senador João Vicente Claudino (PTB).
A mudança não alterou, segundo a assessoria de Dias, seu plano de coordenar a campanha de Dilma no Nordeste, decisão anunciada no mesmo dia em que o petista disse que ficaria no governo. À época, aliados do governador disseram haver a expectativa de que ele ficasse com um ministério em caso de vitória de Dilma.
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