A Câmara de Representantes (Deputados) aprovou neste domingo a primeira parte de uma histórica reforma do sistema de saúde dos Estados Unidos, por 219 votos a favor - três mais do que o necessário - contra 212 contra.
O projeto de lei corresponde ao que o Senado já tinha aprovado em dezembro do ano passado, por isso que agora fica pronto para a assinatura do presidente Barack Obama, e sua conversão em lei.
Junto aos 178 congressistas republicanos na Câmara, um total de 34 democratas votou "não" à medida.
Após esta votação, os congressistas começam a se pronunciar sobre a segunda parte da reforma, um projeto de lei que introduz uma série de emendas ao recém aprovado para deixá-lo mais ao gosto da Câmara de Representantes.
Esse projeto de lei será levado ao Senado, onde poderia ser votado esta mesma semana e não se esperam grandes contratempos para sua aprovação: são necessários 51 votos e os democratas contam com 59, uma margem a princípio suficientemente ampla.
Horas antes, os democratas tinham conseguido uma primeira vitória na votação sobre a reforma da saúde, ao aprovar um voto de procedimento por 224 votos a favor frente a 206 contra.
Do lado de fora do Capitólio, manifestantes contra a reforma presentes ao longo do dia todo pediam para "jogar no lixo" a medida.
Os democratas asseguraram os 216 votos necessários para aprovar a reforma depois que o líder de um grupo de congressistas antiaborto que se opunham à medida, Bart Stupak, anunciou que tinha chegado a um acordo de última hora com a Casa Branca e os líderes de seu partido.
Stupak reivindicava garantias de que a reforma não permitiria o uso de fundos federais para a prática de abortos.
Mediante o acordo anunciado hoje, o presidente Barack Obama emitirá uma ordem executiva que deixará claro que não se poderão usar esses fundos para as interrupções voluntárias da gravidez, salvo casos extremos.
Após a última votação, Obama deve fazer uma declaração na sala leste da Casa Branca, reservada para eventos formais.
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