De olho no Senado e por seus sucessores, governadores intensificam as agendas
Em MT, Blairo Maggi abriu trecho de uma rodovia que não foi entregue após três meses e cujo asfalto não resistiu às fortes chuvas
DA AGÊNCIA FOLHA
Assim como os presidenciáveis José Serra (PSDB) e Dilma Rousseff (PT), os governadores que deixarão os cargos até 2 de abril para disputar o Senado também correm para inaugurar "obras" -muitas inexistentes até no papel- antes de saírem. Assim, promovem a si e a seus candidatos à sucessão. Os governos negam que os eventos tenham caráter eleitoral.
Em todo o país, são pelo menos 160 obras até o fim do prazo de desincompatibilização.
Só no Rio Grande do Norte, governado por Wilma de Faria (PSB), a intenção é inaugurar cerca de cem obras até o fim do mês. O candidato de Wilma à sucessão, o vice Iberê Ferreira (PSB), luta contra o favoritismo de Rosalba Ciarlini (DEM).
"Está todo mundo feito doido aqui, ninguém dorme, ninguém faz mais nada", disse Frederico Mesquita, do Gabinete Civil.
Para eleger o sucessor, o atual vice Antonio Anastasia, o governador mineiro Aécio Neves (PSDB) também cumpre intensa agenda. Até para "inaugurar" uma unidade de saúde em São João del Rei que deve funcionar apenas em maio.
Até o final do mês, ele participa de pelo menos outras duas inaugurações. Na agenda, também estão anúncios de obras em duas fábricas e visitas a pelo menos seis cidades do interior.
Em Santa Catarina, desde o início do ano o governador Luiz Henrique (PMDB) vai a cerimônias -muitas de assinatura de ordens de serviço e entrega de terrenos para futuras obras.
No dia 30, ele inaugura 29 obras de melhorias em escolas da região de Blumenau -algumas delas, porém, já estão prontas desde 2007. Assinante Folha /Uol leia íntegra na Folha de São Paulo
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