O ex-diretor geral do Senado, Agaciel Maia, foi salvo da demissão, nesta quarta-feira (10), pelo próprio Senado, mesmo depois de ter sido acusado de ser o mentor do escândalo dos atos secretos na casa. Segundo decisão do primeiro-secretário, Heráclito Fortes (DEM-PI), Maia será apenas suspenso por um período de 90 dias para, em seguida, voltar a receber seu salário normalmente. Já que não houve demissão, a decisão não precisará ser submetida ao presidente José Sarney (PMDB-AP). Heráclito se baseou em parecer assinado por dez advogados da Advocacia-Geral do Senado e não acatou a recomendação de integrantes da comissão de sindicância da Casa, que, após seis meses de investigação, encontraram 663 atos não publicados que tratavam da criação de cargos, contratação e exoneração de parentes de senadores, entre outros. Segundo os servidores Paulo Henrique Soares e Gustavo Ponde, Agaciel cometeu crime de improbidade administrativa e deveria ser demitido.
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