Defensor da candidatura do tucano José Serra à Presidência, o PMDB de São Paulo terá ampliada nos próximos dias sua participação no governo paulista. A sigla passará a comandar uma secretaria de Estado.
O acordo estreita ainda mais os laços entre PSDB e PMDB em São Paulo e vai contra decisão da cúpula nacional do partido, que fechou aliança com o PT para apoiar Dilma Rousseff na disputa presidencial em troca de indicar o vice.
Presidente da sigla no Estado, o ex-governador Orestes Quércia já anunciou, entretanto, mais de uma vez que seu candidato à Presidência é Serra.
Com um número expressivo de prefeitos, o PMDB paulista é considerado um aliado estratégico para a campanha do tucano e do pré-candidato do PSDB ao governo de São Paulo, Geraldo Alckmin. Serra quer ampliar o máximo possível sua votação no Sudeste para compensar a desvantagem que enfrenta no Nordeste em comparação ao PT. Nesse contexto, a máquina peemedebista pode fazer a diferença.
O sucessor de Serra, Alberto Goldman, deve anunciar nos próximos dias a entrega da Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social ao PMDB. A pasta estava com um outro aliado, o PV. O partido, porém, teve de desembarcar da gestão ao decidir neste mês que lançará candidato próprio a governador em São Paulo.
Além da secretaria, o PSDB já deu a Quércia a garantia de que terá uma das duas vagas de candidato ao Senado neste ano. No governo estadual, a participação dos peemedebistas estava restrita a cargos de segundo escalão em alguns órgãos.
O representante do PMDB no secretariado será o ex-prefeito de Indaiatuba José Carlos Tonin. Ele ocupa hoje o posto de assessor na Secretaria da Casa Civil. Além de amigo de Quércia, é muito próximo do ex-secretário da Casa Civil, Aloysio Nunes Ferreira, que deve preencher a segunda vaga tucana ao Senado.
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