No Blog do Josias de Souza
De passagem por Brasília, Hugo Chávez foi submetido a uma pergunta que não está habituado a ouvir na Venezuela.
Quando pretende passar a presidência a um sucessor? Eis a resposta de Chávez:
"Quando vou entregar a meu sucessor? Não está previsto. Não tenho sucessor neste momento à vista. Não está prevista sucessão no curto prazo na Venezuela...”
“...Não está prevista na Constituição. Por quê? Porque é a vontade do povo. Quando vou entregar? Não sei".
Ao lado do companheiro eterno, Lula, ministros e assessores sorriram. Chavez prosseguiu:
"Me chamam de ditador, de tirano, mas fizemos 11 eleições em 10 anos e estamos nos preparando para a 12ª em setembro..."
Comparou a Venezuela à ex-colônia: "A Espanha é governada por um rei vitalício e um primeiro-ministro que pode se reeleger quantas vezes o povo queira".
Pediu respeito: "Temos de respeitar o princípio da soberania popular e dos Estados e a particularidade de cada país".
Ao deixar o hotel em que estava hospedado, Chávez aproveitou a presença de repórteres para repisar seu apoio a Dilma Rousseff.
“Meu coração está aqui”, disse ele. Em seguida, pronunciou o nome de Dilma e lançou no ar um beijo.
Instado a dizer meia dúzia de palavras sobre o tucano José Serra, Chávez saiu de banda. Alegou que deseja se imiscuir em “assuntos internos do Brasil”.
Antes de embarcar para Brasília, Chávez pendurara uma mensagem inaugural no twitter. Menciona o Brasil. E encerra com um enigmático “venceremos”:
"Ôpa, como estão? Apareci como disse: à meia-noite. Vou ao Brasil. E muito contente por trabalhar pela Venezuela. Venceremos!!"
Mais cedo, falando à TV estatal da Venezuela, Chávez avisara que aderiria ao microblog à meia-noite.
Recomendara atenção aos venezuelanos: “Ali é que eu me solto”. Imagine você o que vem por aí.
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