O Paraguai vive uma crise de segurança desde sábado, quando o governo decretou estado de exceção em cinco departamentos (Estado) do norte para combater um grupo chamado EPP que, conforme especialistas, não possui nem cem integrantes. Em meio ao regime especial, o senador Robert Acevedo sofreu um atentado em Pedro Juan Caballero que resultou na morte do motorista e do guarda-costas dele e na prisão de dois brasileiros.
Leia abaixo perguntas e respostas sobre o caso:
1. O que é o estado de exceção?
Decretado no sábado, dá ao Executivo paraguaio direito de proibir agrupamentos públicos e de ordenar prisões e às Forças Armadas o de usar artefatos de guerra contra criminosos comuns.
2. Qual é a região sob essa medida?
O estado de exceção vigora em cinco departamentos (Estados) do norte do país, San Pedroberço político do presidente Fernando Lugo, Presidente Hayes, Concepción, Alto Paraguai e Amambay. Os três últimos fazem fronteira com o Brasil.
3. Qual o objetivo do estado de exceção?
O regime foi decretado dias após uma chacina na cidade de Horqueta, em Concepción, que deixou quatro mortos, sendo um policial. O grupo apontado culpado, o EPP, seria o principal alvo do estado de exceção.
4. O que é EPP?
O Exército do Povo Paraguaio é uma facção do PPL, Partido Pátria Livre, sem representação parlamentar. Luta contra a concentração fundiária no país, uma das maiores do mundo. Segundo a polícia paraguaia, o grupo possui algumas dezenas de integrantes e age em áreas de selva. Parte dos guerrilheiros teria recebido treinamento das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia).
5. O EPP atacou o senador Robert Acevedo?
O caso ainda está sob investigação, mas a hipótese principal é a de que o crime tenha relação com o narcotráfico, que o senador desafiava com frequência. Os bandidos permitiram que ele fugisse durante a ação, o que indicaria que os atiradores eram de fora.
6. Por que brasileiros foram presos?
Dois brasileiros, Eduardo da Silva e Marcos Cordeiro Pereira, foram presos pouco após o ataque ao senador Acevedo. Não há confirmação sobre eventuais provas colhidas contra eles. Mais dois (Josué dos Santos e Daniel dos Santos) foram presos no dia seguinte. Os quatro são acusados de integrar a facção criminosa paulista PCC (Primeiro Comando da Capital).
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