sexta-feira, 12 de março de 2010

Meirelles pede acesso a processo no STF

Em nota, presidente do BC fala apenas em abertura de inquérito, mas assessoria do STF fala que houve indiciamento

Meirelles contrata o ex-ministro Márcio Thomaz Bastos para defendê-lo e afirma que desconhece teor das acusações contra ele

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, informou ontem, por meio de nota, que formalizou pedido para ter acesso às 105 páginas do inquérito em trâmite no STF (Supremo Tribunal Federal) em que é suspeito de praticar crimes contra a ordem tributária.
Ele disse ter tomado conhecimento do assunto pela imprensa e alega não saber do que se trata. Meirelles contratou o advogado Márcio Thomaz Bastos, ex-ministro da Justiça de Lula, para fazer a sua defesa.
O inquérito (número 2.924), em que o presidente do BC aparece como indiciado, foi protocolado no Supremo na semana passada. O caso será relatado pelo ministro Joaquim Barbosa, que também cuida do processo do mensalão do PT. Sua procedência é a Justiça Federal do DF, segundo informou o Ministério Público Federal.
Segundo nota divulgada pelo banco, houve um pedido do Ministério Público para abertura de inquérito no STF. O processo foi encaminhado ao tribunal porque Meirelles tem status de ministro de Estado desde 2004, o que garante foro privilegiado.
Questionada sobre o caso, a assessoria da presidência do STF reiterou que houve indiciamento, como consta na movimentação processual do inquérito 2.924, mas ressaltou que ainda não há nenhum juízo do Supremo sobre o caso.
O inquérito foi encaminhado ontem para o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, que vai analisar o processo e indicar diligências. Autor da ação, é o Ministério Público Federal quem vai sugerir ou não a eventual denúncia contra Meirelles. Assinante Folha/Uol leia íntegra na Folha de São Paulo

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