Empresários fecham associação para a construção de um complexo siderúrgico na vizinhança do porto do Açu, no Rio
Parceiros asiáticos vão bancar 70% dos custos do empreendimento; Petrobras fecha acordo com 2ª maior petrolífera chinesa
DA COLUNISTA DA FOLHA
A EBX brasileira e a Wuhan chinesa formalizaram ontem uma associação de US$ 5 bilhões para construir o Complexo Siderúrgico de Açu, no Estado do Rio, conforme informou o empresário Eike Batista, da EBX, que acompanhou a visita do dirigente Hu Jintao.
Os chineses entram com 70%, e os brasileiros, com 30% do empreendimento, planejado para aproveitar a infraestrutura do superporto de Açu, na mesma área fluminense.
A expectativa, segundo Eike, é que fique pronto em três anos e produza 5 milhões de toneladas por ano, empregando 2.000 pessoas. O porto e o complexo têm a pretensão de gerar 50 mil empregos em dez anos.
Eike explicou que o Brasil exporta matéria-prima para a China, como aço e alumínio, e quer ganhar valor agregado em seus produtos -como destacou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva em seu discurso ao lado de Hu Jintao, no Itamaraty.
Em vez de apenas importar, a China passará a investir na produção dentro do próprio Brasil, para depois exportar. Segundo Eike, a prioridade será, primeiro, o mercado brasileiro e, depois, a exportação do excedente para a China. A divisão dos lucros será correspondente ao investimento: 70% e 30%.
"Os chineses não têm matérias-primas e estavam comprando jazidas na Austrália, na África e até na América do Sul. Agora, eles compram indústrias e querem produzir nos outros países, o que é bom para nós no Brasil. Não queremos ser uma grande fazenda nem uma grande mina", disse Eike.
Depois de elogiar o processo da China para a inclusão de 400 milhões de pessoas a cada década para a classe média, Eike criou um neologismo para definir o processo: "Ninguém no mundo está reingenheirando isso tão bem como os chineses". Assinante folha/uol leia íntegra aqui
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