quarta-feira, 7 de abril de 2010

Escolha seu gráfico: tendência da eleição varia de acordo com os olhos de quem vê

por Jose Roberto de Toledo
no estadão.com.br

É precipitado fazer análises supostamente definitivas sobre uma eleição que ainda não está entre as preocupações de mais de dois terços do eleitorado. Mais arriscado ainda é tentar prever o seu resultado. Mas, em se tratando de pesquisas eleitorais, essas são duas tentações às quais políticos, jornalistas, eleitores e até mesmo diretores de institutos de pesquisa sucumbem com frequência. É compreensível, porém.
Para uma grande parte das pessoas, a eleição envolve paixão, torcida, comprometimento com um dos lados. E, para algumas poucas, uma fonte de renda. Quando as emoções estão envolvidas, é difícil raciocinar friamente sobre os fatos. Uma mesma curva num gráfico pode significar uma coisa para um serrista e o oposto para um dilmista.
Além disso, uma das funções básicas do nosso cérebro é tentar antecipar riscos para aumentar nossa chance de sobrevivência. Tentar prever quem vai ganhar uma eleição pode ser visto como um desvio moderno dessa função.
Assim, talvez o melhor seja apresentar o maior número possível de cenários e deixar ao leitor escolher o que mais lhe convém. Seguem, abaixo, vários tipos de gráficos sobre a eleição presidencial. Embora expressem o mesmo fenômeno, suas feições não são idênticas. Escolha o seu.



Acima, os gráficos com os resultados, isolados, de cada instituto. Repare que os períodos pesquisados variam de instituto para instituto (as datas indicam o último dia de campo de cada pesquisa). Abaixo, dois gráficos que consolidam os resultados dos quatro institutos, de maneiras diferentes. Por fim, o gráfico das médias móveis das três pesquisas divulgadas mais recentemente.



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