da Reportagem Local na folha Online
O governo do Panamá afirmou nesta segunda-feira (26) que respeita a decisão dos Estados Unidos de extraditar o ex-general panamenho Manuel Antonio Noriega para a França, mas assegurou que continuará reivindicando que o ex-ditador cumpra as penas pendentes em seu país.
"O governo dos EUA, o governo federal, por meio do Departamento de Estado, tomou uma decisão soberana de enviá-lo à França e nós respeitamos essa decisão", disse a jornalistas o vice-presidente e chanceler panamenho, Juan Carlos Varela.
O governo dos EUA extraditou Noriega ontem para a França, onde tem pendente uma condenação à revelia a dez anos de prisão por lavagem de dinheiro, depois de 20 anos de reclusão em Miami, onde cumpriu 17 anos de prisão por narcotráfico de uma pena total de 40 anos, que foi reduzida por bom comportamento.
Varela disse que a aceitação da decisão americana "não significa que o Panamá vai deixar de insistir por vias diplomáticas e legais" para que Noriega "retorne ao país para cumprir as penas ditadas pelos tribunais panamenhos".
O vice-presidente lembrou que o governo do Panamá fez três pedidos de extradição, que "estão vigentes".
Noriega, de 75 anos, tem pendentes várias condenações em seu país, que, somadas, ultrapassam os 60 anos de prisão, mas, de acordo com o Código Penal panamenho, réus com uma idade superior a 70 anos podem cumprir a prisão em regime domiciliar.
O ex-general foi condenado a 15 anos de prisão pelo assassinato, em 1985, de Hugo Spadafora, um dos principais críticos dos militares no Panamá, e a outros 20 pela morte de Moisés Giroldi e de outros 11 militares em 1989.
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