DIMITRI DO VALLE
da Agência Folha, em Curitiba
Sindicância da Assembleia Legislativa do Paraná encaminhada hoje ao Ministério Público Estadual responsabilizou ex-diretores da Casa por um esquema de contratações de funcionários fantasmas nomeados em atos secretos com o objetivo de desviar dinheiro dos cofres públicos.
Os detalhes da sindicância não foram divulgados, mas a Mesa Diretora da Assembleia comunicou ter determinado a instauração de processo administrativo contra o ex-diretor-geral da Assembleia Abib Miguel e outros dois ex-diretores que trabalhavam para ele, Cláudio Marques da Silva e José Ary Nassif. Todos foram afastados quando as suspeitas vieram a público, há mais de um mês.
Os três estão presos desde sábado, a pedido do Ministério Público Estadual, por suspeita de crimes de formação de quadrilha, peculato (desvio de dinheiro por servidor público) e lavagem de dinheiro envolvendo recursos do orçamento da Assembleia.
Hoje os suspeitos foram prestar seu primeiro depoimento após as prisões. Até o início da noite não se conhecia o teor das declarações. Os advogados e os suspeitos não se manifestaram até agora à imprensa. Os atos administrativos da Assembleia começaram a ser investigados no início do mês passado quando uma série de reportagens da RPC TV (afiliada da Rede Globo) e do jornal "Gazeta do Povo" revelou um esquema de nomeações de funcionários fantasmas que ganhavam altos salários.
A Promotoria divulgou um novo valor do dinheiro apreendido na casa do ex-diretor Cláudio Marques da Silva durante sua prisão, no sábado. Na ocasião, os promotores afirmaram terem encontrado cerca de R$ 200 mil. Mas na operação foram apreendidos cerca de R$ 400 mil na casa de Silva. Outros R$ 50 mil foram apreendidos na residência de Bibinho, como o ex-diretor-geral também é conhecido. Bibinho também teve apreendidos 73 veículos que estavam em seu nome.
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