Se o candidato governista Juan Manuel Santos conseguir se confirmar como o preferido do eleitorado na Colômbia no segundo turno das eleições, no dia 20, um de seus maiores e mais complicados desafios será melhorar as relações com os presidentes venezuelano, Hugo Chávez, e o equatoriano, Rafael Correa.
Em 2008, quando era ministro da Defesa do governo Álvaro Uribe, Santos ordenou o ataque ao acampamento das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) no Equador que quase terminou em uma guerra com Quito e Caracas. Em um debate recente na TV colombiana, o candidato governista se disse "orgulhoso" da ação, o que irritou ainda mais os vizinhos. No ano passado, um juiz equatoriano chegou a emitir uma ordem de captura contra Santos. "Isso é absurdo porque a ordem foi emitida contra um alto funcionário de um Estado por uma ação de Estado", disse Santos.
Durante a campanha, Chávez, qualificou Santos como "um homem de guerra" e o colombiano acusou o líder venezuelano de tentar interferir na votação de seu país. Na última semana, ambos moderaram o discurso. Chávez disse que estaria disposto a telefonar para "qualquer candidato" que vencesse as eleições colombianas e Santos respondeu que, no seu caso, a ligação seria bem-vinda.
"Apesar desses acenos, a desconfiança entre o venezuelano e Santos é grande e retomar relações será um trabalho árduo", disse o cientista político Carlos Medina, da Universidade Nacional da Colômbia. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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