Embaixador de Israel foi convocado pelas autoridades turcas para dar explicações e receber o protesto
ANCARA - O Ministério de Assuntos Exteriores da Turquia reagiu nesta segunda-feira, 31, duramente ao ataque de Israel aos navios turcos da frota internacional com destino a Gaza, que causou pelo menos 10 mortos. O país também pediu uma reunião de urgência na Organização das Nações Unidas (ONU) sobre o caso.
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O Ministério, que acrescenta em comunicado que o governo israelense terá que enfrentar as consequências por seu comportamento, estabeleceu um centro de crise para acompanhar o desenvolvimento dos eventos.
O embaixador israelense em Ancara, Gaby Levy, foi convocado ao citado Ministério para pedir-lhe explicações e receber o protesto turco.
O comunicado diz que o Exército israelense usou a força contra um grupo de ajuda humanitária, que inclui "idosos, mulheres e crianças" que viajam nos navios, o que considerou "inaceitável".
"Tomando como alvo civis inocentes, Israel mostrou mais uma vez que não se preocupa com a vida humana, nem com as iniciativas pacíficas. Condenamos fortemente esta prática desumana de Israel", acrescentou a nota.
"Este incidente, que aconteceu em águas internacionais abusando da lei internacional, terá consequências impossíveis de compensar",avisou o Ministério turco.
"Não importa qual seja a razão, esta ação contra civis que atuam com propósito humanitário é impossível de aceitar. Israel terá que enfrentar as consequências de seu comportamento e da violação das leis internacionais", conclui o comunicado.
A Turquia também pediu uma reunião emergencial do Conselho de Segurança da ONU após o ataque, disse um autoridade do Ministério do Exterior. A Turquia, país predominantemente muçulmano, é membro temporário do Conselho de Segurança da ONU.
O primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan, que se encontra no Chile cancelou sua visita à América Latina e anunciou que fará declarações nas próximas horas.
O Ministério de Assuntos Exteriores da Grécia iniciou um mecanismo de gestão de emergência com um telefone à disposição dos familiares dos gregos que estão na "Frota da Liberdade", pois três dos navios que a compõem procedem deste país.
Yanis Maistros, porta-voz em Atenas da seção grega da iniciativa, declarou nesta segunda-feira que "os cinco navios foram sequestrados"; e que "receberam disparos a partir de lanchas e helicópteros israelenses quando estavam navegando em águas internacionais, próximas ao litoral israelense".
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