O presidente do DEM no Rio Grande do Sul, o deputado federal Onyx Lorenzoni, tem reunião nesta terça-feira (1) com o presidente nacional do PSDB, senador Sérgio Guerra, em Brasília. A reunião, marcada nesta segunda-feira (31), é para discutir o interesse dos tucanos em um segundo palanque para o pré-candidato do PSDB à presidência da República, José Serra, no Estado.
No Rio Grande do Sul o DEM está aliado ao PTB, que tem como pré-candidato ao governo o deputado estadual Luis Augusto Lara. Os dois partidos costuram ainda a adesão do PPS à aliança. A decisão de procurar pelo PSDB nacional foi o resultado de reunião realizada na tarde desta segunda-feira entre os presidentes regionais das três siglas - Lara, Onyx e o deputado Berfran Rosado pelo PPS - e tem dois objetivos: turbinar a candidatura de Lara, alvo de constantes especulações sobre a possibilidade de desistência; e ocupar um espaço que os integrantes da aliança vislumbram para Serra no Rio Grande do Sul.
"Para o Serra, o palanque do seu partido no Estado é complicado porque tem uma governadora (Yeda Crusius, pré-candidata à reeleição) com problemas de imagem e rejeição e porque o aliado PP, nacionalmente, está na base de apoio do governo Lula e pode até ficar com a Dilma (Rousseff, pré-candidata do PT na disputa presidencial)", resume Onyx.
No Estado, o DEM e o PPS já anunciaram o apoio a Serra. Até a tarde desta segunda, a dúvida era a adesão do PTB, uma vez que parte do partido prefere apoiar Dilma. Lara acredita que em função da importância dos aliados e da vinculação à eleição nacional as resistências internas podem ser superadas, mas primeiro é preciso saber do interesse de Serra.
O desconforto do ex-governador paulista com seu próprio palanque no Rio Grande do Sul é dado como evidente depois das investidas explícitas que ele fez ao PMDB em duas de suas últimas viagens ao Estado, gerando constrangimento, inclusive ao PMDB, que tem pré-candidato ao governo (José Fogaça) e está aliado ao PDT na eleição estadual. A penúltima era exclusivamente para um almoço com deputados estaduais peemedebistas, sem o conhecimento do diretório estadual tucano. Após o protesto do PSDB gaúcho, Serra estendeu a agenda até a sede do próprio partido e depois fez uma visita ao PP (no RS os progressistas já fecharam com ele). Entre PMDB e PDT (apoiador de Dilma) a atividade causou tamanho mal-estar que o presidente estadual peemedebista, senador Pedro Simon, precisou manifestar publicamente sua discordância e garantir que encontros do tipo não voltarão a acontecer até a convenção nacional do partido.
Na reunião com Guerra, o deputado Onyx vai apresentar como trunfo o tempo que, juntos, DEM, PTB e PPS têm no horário da propaganda eleitoral no rádio e na TV: quase seis minutos.
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