A Espanha foi rebaixada pela agencia Fitch neste fim de semana, a bolsa americana registrou o pior mês desde maio de 1940, as tensões crescem na Ásia, com o doido - doido, sim! - da Coreia do Norte, sentado numa bomba atômica, ameaçando uma "guerra total", enquanto seu povo só não morre de fome porque o mundo está dando comida para ele. É o filho do pai igualmente ditador que quer passar o governo e a sua ditadura também para seu filho. Como em Cuba, é o "reinado" do comunismo petrificado na servidão dos seus povos.
Na zona do euro, a paz armada pelo socorro provisório à Grécia apenas se prolonga em estertores de quem apenas adia o final. No Brasil, seguimos no "vamos que vamos, senão ficamos", batendo recordes sucessivos de arrecadação, renda, nível de emprego, superávit fiscal. Éramos felizes e não sabíamos.... O governo continua gastando muito, mas mesmo gastando mais sobra dinheiro no cofre. O sério secretário do Tesouro, Arno Augustin, ficou até sem jeito para explicar isso.
Estamos aí... Em Londres, Meirelles, informa que temos US$ 45 bilhões a mais de reservas que antes da crise. São US$ 250 bilhões e aumentando. É o BC tentando segurar o real que desdenha do dólar no Brasil. É a moeda mais valorizada no mundo. Estamos preparados para enfrentar esta, se vier. Mas, como sempre, cuidado, afirma Meirelles.
Mais dinheiro para gastar. Enquanto as tensões aumentam, e os juros para refinanciar a divida europeia vão às nuvens, só os EUA mostraram sangue-frio nesta semana. Frio até demais. Pouca gente notou, acho que foi só o repórter da Reuters, mas a Câmara dos Representantes aprovou no fim de semana um novo pacote de US$ 200 bilhões pedido pelo governo para dar mais ânimo à economia, que fraqueja.
Os argumentos de Obama foram irretorquíveis. O pacote anterior de US$ 728 bilhões está acabando, mas não resolveu. Só ajudou a evitar o pior e sair da recessão. O PIB cresceu 5,6% no último trimestre do ano passado, mas apenas 3% nos três primeiros meses deste ano. A tendência é ficar por aí ou até cair, se não houver mais estímulos do governo.
A crise jogou nas ruas 8 milhões de trabalhadores, elevando a taxa de desemprego à beira de 10%. É quase o dobro da anterior à recessão. A economia americana ainda está enferma. Mas ela representa 25% da mundial, de acordo com dados do FMI. A segunda metade está na União Europeia, que estagnou. Vai ficar assim ainda por algum tempo. O rebaixamento da nota da Espanha pela Fitch, neste fim de semana, confirma isso. Não há entendimento entre os europeus sem líderes e os EUA decidiram se descolar deles, cuidando mais de reduzir a contaminação dos seus bancos.
Isso é bom? Essa espécie de "irresponsabilidade" de Obama, é arriscada mas é boa, sim, para a economia mundial. Os Estados Unidos, com um PIB de US$ 14 trilhões, são ainda os maiores importadores de matérias-primas e produtos industrializados, inclusive do Brasil. Seu mercado absorve mais de 30% do excesso de produção mundial. Ao agirem assim, estão substituindo, em grande parte a Europa estagnada.
O fantasma deles. Para os europeus, o fantasma no momento não é a recessão mas o aviltamento da dívida dos governos, feita paradoxalmente para combatê-la. São as contradições do capitalismo do novo século. O sistema financeiro desaba, o Estado, que não o fiscalizou, socorre, mas ameaça afundar com o peso dessa ajuda.
É preciso aliviá-lo mesmo do risco de recessão. (A zona do euro está por aí, ao crescer 0,2%.) Curioso é que os EUA, onde tudo se iniciou, se recusam a seguir a prescrição. Apresentam um novíssimo pacote de incentivos à economia para estimular o emprego, que pode aumentar o déficit em US$ 12 bilhões. Pensando bem, até que não é muito num déficit total de US$ 1,4 trilhão. É que no novo pacote traz também elevação de impostos que não atingem o consumidor final.
Como no Brasil, é dele que depende a recuperação. Lawrence Summers, principal assessor econômico de Obama, afirma que a melhor forme de pagar a dívida é crescer mais e arrecadar mais.
Estão imitando a gente. É, parece, sim. Mantega e Paulo Bernardo assinam embaixo. É isso o que eles vêm fazendo, sob o olhar sisudo e vigilante de Meirelles, fiscalizando a inflação que já passa dos limites. A arrecadação em abril aumentou 33,8% em relação a março. Ao lado das empresas, há mais trabalhadores pagando impostos. Cerca de 50% têm carteira assinada. Há recordes em tudo. Receita, vendas, renda dos trabalhadores.
Acreditem, mesmo com gastos excessivos, até a dívida interna está recuando! Eta Brasil bom de bola, estão dizendo... Mas já perdemos campeonatos falando isso. Levamos chumbo sem saber de onde vinha...
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