segunda-feira, 31 de maio de 2010

China e Japão ativarão linha de comunicação para evitar tensões marítimas

Autoridades de Defesa dos dois países vão evitar problemas nas áreas em disputa que são ricas em gás natural


Efe

TÓQUIO - O primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, e seu colega japonês, Yukio Hatoyama, acertaram nesta segunda-feira, 31, ativar uma linha de comunicação direta para evitar atritos nas fronteiras marítimas entre ambos os países.

Segundo informou a agência local Kyodo, os líderes se comprometeram a estabelecer um mecanismo de comunicação direto que envolve as autoridades de Defesa de ambos os países, a fim de evitar problemas em áreas marítimas em disputa.

Em abril, o Ministério de Assuntos Exteriores japonês protestou formalmente perante a China por "voos a muito curta distância" de helicópteros chineses ao redor de um destroier das Forças Marítimas de Autodefesa do Japão em águas do Mar da China Oriental próximas a Okinawa (sul do país).

Nesse mesmo mês, dois submarinos e oito destróieres chineses foram avistados pelas Forças de Autodefesa (Exército japonês) em águas próximas ao arquipélago de Okinawa.

Em reunião realizada esta manhã em Tóquio, Wen e Hatoyama acordaram avançar em suas conversas sobre as disputas territoriais no Mar da China Oriental, entre elas o exploração de jazidas de gás, tema sobre o qual se comprometeram a estabelecer conversas formais.

Japão e China firmaram em junho de 2008 um acordo para a exploração conjunta de ricas jazidas marítimas de gás com o qual puseram fim a quatro anos de disputas, embora persistam suas divergências sobre seus limites territoriais marítimos.

Tóquio acusou Pequim de realizar atividades nessas jazidas de maneira unilateral, enquanto a China convidou as empresas japonesas a participar do exploração de gás respeitando a "soberania chinesa".



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