A Colômbia vai às urnas hoje para eleger o sucessor de Álvaro Uribe. O candidato governista, Juan Manuel Santos, que tem 35% das intenções de voto, está tecnicamente empatado com Antanas Mockus, ex-prefeito de Bogotá, com 34%, de acordo com pesquisa do Instituto Datexco. Por isso, é dado como certa a realização de um segundo turno no dia 20 de junho.
Com 74% de aprovação, Uribe termina seu segundo mandato como um dos líderes mais populares da região. Em seus oito anos no poder, ele conseguiu acuar as guerrilhas e desmobilizar a maior parte dos paramilitares, o que não é pouco. Só as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) chegaram a dominar um quarto dos municípios colombianos. Os sequestros caíram de mais de 2 mil ao ano, no início dos anos 2000, para duas centenas.
No entanto, observadores apontam entre os aspectos negativos de seu governo escândalos de corrupção, atentados aos direitos humanos e centralização de poder. Em 2007, foi descoberta a vinculação de parlamentares governistas com paramilitares de ultradireita. Até o primo do presidente, o deputado Mario Uribe, foi preso. No ano seguinte, a ex-deputada Yidis Medina, cujo voto foi decisivo para a aprovação da emenda que permitiu a primeira reeleição de Uribe, confessou ter aceitado favores para apoiar o projeto.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário