quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Em defesa da Argentina, Lula faz ataque à ONU em cúpula regional



RECONHECIMENTO - Calderón cumprimenta Lula durante cúpula: para presidente mexicano, colega brasileiro é "líder indiscutível" da região

Presidente discursa no México e insinua que Conselho de Segurança só satisfaz aos interesses de países ricos


ENVIADAS ESPECIAIS CANCÚN, MÉXICO Paparicado por presidentes latino-americanos, chamado de "líder indiscutível" da região, o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, condenou ontem a Organizações das Nações Unidas (ONU) e o seu Conselho de Segurança por não se posicionarem em favor da soberania das Ilhas Malvinas pela Argentina. A declaração foi feita durante o discurso de Lula na Reunião de Cúpula de Países da América Latina e do Caribe (Calc), que se encerrou ontem, no balneário mexicano de Cancún. "A nossa atitude é de solidariedade à Argentina", disse Lula, que indagou: "Qual é a explicação geográfica, política e econômica de a Inglaterra estar na Malvinas?" E emendou: "Qual é a explicação de as Nações Unidas nunca terem tomado essa decisão? Não é possível que a Argentina não seja dona (das Malvinas), mas que seja a Inglaterra, a 14 mil quilômetros de distância." Lula insinuou que a ONU age dessa forma porque a Grã-Bretanha é membro permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas e voltou a defender uma reformulação do organismo, ampliando sua representatividade. A reivindicação argentina sobre as Malvinas se intensificou nas últimas semanas, com a aproximação de plataformas de empresas britânicas destinadas a explorar as reservas de petróleo da costa das Malvinas. "Será por que a Inglaterra é membro permanente, que a eles pode tudo e aos outros, nada? É preciso que a gente comece a instigar para que o secretário-geral das Nações Unidas reabra este debate." No seu discurso de improviso, Lula lembrou que aproveitava o encontro para fazer um apelo aos demais governantes, que, muitas vezes, evitam discutir assuntos de interesse da região por divergências entre eles. Para Lula, esse "é o momento político" de se discutir a reformulação do Conselho de Segurança das Nações Unidas. "É inexorável que a gente discuta este papel (do Conselho de Segurança). Não é possível que ele continue representado pelos interesses da 2ª Guerra. Por que isso não muda?", questionou. E apelou: "Se nós não enfrentarmos este debate, a ONU vai continuar a funcionar sem representatividade e o conflito no Oriente Médio vai ficar por conta do interesse dos norte-americanos quando, na verdade, a ONU é que deveria estar negociando a paz no Oriente Médio." Leia na Íntegra no Estadão.com.br

Um comentário:

  1. Certíssimo o presidente brasileiro, os latino americanos têm que assumir o papel geo-político a que têm direito.
    O tio Sam que se preocupe mais com Saúde e Economia internos e outrs cositas mais e o serviçais europeus, parem de arrotar peru, a grana árabe comanda o espetáculo da Ilha faz tempo.
    O mundo mudou meus camaradas, e o Brasil tá no topede dele, é questão de tempo.

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