sábado, 17 de abril de 2010

Governador eleito do DF diz que sua ligação com Arruda não inviabiliza escolha

GABRIELA GUERREIRO
da Sucursal de Brasília na Folha Online

O novo governador do Distrito Federal, Rogério Rosso (PMDB), disse neste sábado depois de ser eleito que sua ligação com o ex-governador José Roberto Arruda (sem partido) não inviabiliza a sua escolha para o comando do DF. Arruda foi um dos articuladores da candidatura de Rosso, que derrotou outros três candidatos em primeiro turno nas eleições indiretas realizadas hoje pela Câmara Legislativa do Distrito Federal.

Rosso é ex-presidente da Codeplan (Companhia de Desenvolvimento do Planalto Central) no governo Arruda, assim como foi administrador da cidade-satélite de Ceilândia no governo de Joaquim Roriz (PMDB).

"Não tenho problema em dizer que fui secretário do governo Roriz. Quero usar a nossa experiência nesses oito meses em que estaremos no governo de Brasília. Quando a gente trabalha em governos, a gente exerce funções técnicas", afirmou.

Na primeira entrevista depois de ser escolhido governador, Rosso disse que as eleições indiretas põem fim à discussão sobre a intervenção federal no DF. "Queremos mostrar que a intervenção não é necessária. Eu respeito o procurador Roberto Gurgel, mas não precisamos de intervenção", afirmou.

A PGR (Procuradoria Geral da República) defende a intervenção federal no DF por considerar que grande parte da Câmara Legislativa, que elegeu o novo governador, está envolvida nos escândalos de corrupção deflagrado pela Operação Caixa de Pandora, da Polícia Federal.

O novo governador disse que, entre suas prioridades, está acabar com cargos de confiança criados pelo governador interino Wilson Lima (PR) nos dois meses em que ocupou a função --depois que Arruda deixou o governo.

Apoio

Rosso obteve o apoio de 13 dos 24 deputados distritais, o que garantiu sua vitória em primeiro turno na Câmara Legislativa. O candidato do PT, Antônio Ibañez, recebeu seis votos e Wilson Lima (PR), outros quatro. O deputado Raad Massouh (DEM) se absteve na votação. Luiz Filipe Coelho (PTB) não recebeu nenhum voto.

O peemedebista vai ocupar um mandato-tampão até o dia 31 de dezembro, quando será substituído pelo governador eleito nas urnas em outubro. A Câmara Legislativa realizou eleições indiretas depois que Arruda foi cassado e Lima, indicado para ocupar temporariamente o governo do DF por ser presidente do Legislativo local.

Um comentário:

  1. Lamento profundamente, que o PMDB, partido que sempre esteve na vanguarda dos movimentos de luta neste país, permita que pessoas com condutas pouco recomendável
    maculem sua história, por não optar pela expulsão sumária dos corruptos da Câmara Legislativa do DF, razão pela qual o partido será exemplarmente punido pelo descrédito popular nas próximas eleições.
    Estamos coletando assinaturas, pedindo um plebiscito ao TRE, para por fim à Câmara Distrital no DF, uma vez que a mesma se transformou em balcão de negociatas,na qual o erário público é desavergonhadamente dilapidado, colocado na meia, cueca, envelopes, na bolsa, sabe Deus mais onde,com direito a oração de agradecimento pela propina. Esta casa passou a ser usada como velhacouto de pessoas inescrupulosas para dilapidar o erário público, justo aqueles que deveriam zelar e fiscalizar a sua correta aplicação.
    Os réus são inocentes até que a justiça prove seus crimes e os condene para o bem da sociedade. Lucia Maria

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